A Polícia Militar evitou comentar o resultado da perícia que indicou que o cabo Leandro Almeida de Souza, de 22 anos, foi o autor dos disparos durante a tentativa de assalto na casa de câmbio “Rápido”, no dia 24 de fevereiro.
Segundo o laudo de balística, divulgado hoje pela Polícia Civil, foram os tiros disparados pelo cabo que resultaram na morte da funcionária da empresa, Karine Fernandes Gomes, 19, e do soldado da PM – e parceiro de Leandro –, Danilo César, 27.
Ao MidiaNews, o tenente-coronel da PM, Paulo Serbija, afirmou que não poderia falar sobre o resultado. Segundo ele, no dia da ocorrência, a Corregedoria da PM abriu um inquérito, e que o processo segue sob investigação.
“Estão sendo tomados depoimentos e feitos laudos periciais. Ainda não recebemos o laudo da balística feita pela Polícia Civil. Ele deverá ser encaminhado e somente após a conclusão do inquérito é que a PM poderá se manifestar sobre o caso. Trata-se de um crime de natureza militar, algo que ocorreu dentro de uma ação da PM, e que será investigada pela Corporação”, disse.
Segundo Serbija, o inquérito tem prazo de conclusão de 40 dias, mas poderá ser estendido, caso a Corregedoria ache necessária.
Na sequência, dependendo do resultado, a ação deverá ser julgada pela Justiça Militar.
O caso
A jovem era funcionária do estabelecimento. A polícia ainda apura a razão pela qual os dois policiais se encontravam dentro da casa de câmbio no momento da ação criminosa.
Segundo o delegado Walfrido Franklin do Nascimento, Leandro irá responder criminalmente por duplo homicídio.
O delegado afirmou, ainda, que o mecânico será indiciado por tentativa de assalto e também pelo roubo de dois carros e uma moto, veículos usados por ele durante a fuga.
A prisão temporária de Edilson se encerra no dia 27 de março e Nascimento deverá decidir, na ocasião, se irá pedir pela prisão preventiva do mecânico ou se irá encerrar o inquérito.