O juiz Julier Sebastião da Silva que se filia no próximo dia 02 de abril ao PMDB, já que vai se desligar da Magistratura Federal (a legislação impede um magistrado de ser filiado a partido político) sinalizou para vários lideres políticos sua disposição em abrir negociações para definir a escolha dos nomes que vão compor a chapa majoritária do arco de aliança, mesmo que em outra posição que não de disputar o governo do Estado.
As manifestações do ainda magistrado refletem a busca de um entendimento maior que possa contemplar todos os nove partidos do arco de alianças, inclusive aqueles com algum descontentamento, como o PR do senador Blairo Maggi e o PP do empresário Eraí Maggi, primo do senador, que além de participarem dos entendimentos não deixaram de ser assediados a discutirem a possibilidade de estar na chapa da oposição, liderada pelo senador Pedro Taques (PDT).
Toda essa costura está sendo realizada pelo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), mas ela esbarra em dois dos principais aliados de Taques, o senador e candidato à reeleição, Jayme Campos (DEM), e os tucanos que além de defenderem a candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB) vetam a possibilidade do palanque de Taques contemplar também Dilma Rousseff, já que o PDT é da base governista federal.
O fato de Julier admitir a possibilidade de disputar outro cargo, mesmo diante da força política do seu partido o PMDB, sinaliza principalmente para o PR a possibilidade de indicar o candidato a governador ou até mesmo para o Senado, pleito do atual presidente dos republicanos, o deputado de seis mandatos, Wellington Fagundes, além das vagas para deputado federal e estadual. Na contabilidade dos peemedebistas que vão discutir a chegada do mais novo filiado, o PT tem que ser contemplado na chapa majoritária assim como o setor produtivo, o que poderia levar o empresário Eraí Maggi (PP), assediado e convidado por Pedro Taques (PDT) para ser candidato a vice, a ter a mesma participação no arco de aliança dos nove partidos que já discutem a sucessão entre outras três siglas que também já sinalizam em agregar valor ao bloco.
Candidato a sucessão de Silval Barbosa (PMDB), Julier Sebastião da Silva teria garantido que não será empecilho nas discussões e nas definições de candidaturas e também chegou a defender a realização das pesquisas qualitativas e quantitativas como desejam os partidos aliados para conhecer o que pensa o eleitor e quais as expectativas em relação a um novo governo para então decidir o melhor nome, aquele que reúne as melhores condições de disputar as eleições contra os partidos de oposição.
A principal preocupação dos articuladores do arco de aliança está no fato do grupo já estar há três mandatos à frente do Governo do Estado e se existe ou não fadiga em relação ao eleitorado, por isso a necessidade de pesquisas e de avaliações frequentes para se conhecer como o eleitor interpretará um nome novo na política como Julier Sebastião da Silva ou de outros pré-candidatos como Chico Daltro (PSD), Lúdio Cabral (PT) e Maurício Tonhá (PR).