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Policia MT
Sexta - 21 de Março de 2014 às 18:34
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Tony Ribeiro/MidiaNews
Armas usadas no crime da casa de Câmbio Rábio
Armas usadas no crime da casa de Câmbio Rábio

O cabo PM Leandro Almeida de Souza foi interrogado, nesta quinta-feira (20), na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa em Cuiabá, e disse que não tinha noção de que atirou, tanto na jovem, como no colega de profissão, durante a tentativa de assalto na casa de Câmbio, que resultou na morte das duas pessoas, no dia 23 passado.

Morreram a atendente Karine Fernandes Gomes, 19 anos, e o soldado da policial militar Danilo César, 27 anos. Ele acreditava que os tiros tivessem partido da pistola do assaltante. 

O laudo pericial divulgado nesta sexta-feira (21) aponta que os tiros partiram da arma de Souza. O cabo está afastado de suas funções e recebe ajuda psicológica de um profissional designado pela própria Polícia Militar.

Depoimento do cabo

Segundo o policial, assim que o acusado da tentativa de assalto, Edílson Pedroso da Silva, de 28 anos, chegou à casa, ele entranhou pelo fato de Silva ter deixado a porta aberta. 

Ao ver a pistola na cintura do homem, ele sacou a arma e atirou.  “No entendimento dele (Leandro), quem atirou primeiro foi o assaltante. Por isso, acreditava que estava revidando”, acrescentou o delegado Walfrido Franklin do Nascimento, responsável pelo inquérito.

Leandro disse ainda que chegou na casa de câmbio 15 minutos antes, para tomar água e café, como fazia costumeiramente. O militar negou que estivesse fazendo segurança.

Em depoimento, também na DHPP, o gerente da casa de câmbio também negou que os policiais prestassem segurança no local.

Inquérito

Cópia do inquérito será encaminhada para a Corregedoria Geral da Polícia Militar, que deverá tomar as providências no âmbito da Corporação. “Se estava fazendo bico ou não, quem vai apurar é a Corregedoria da PM”, frisou.

O delegado ressaltou que, no seu entendimento, o policial atirou em legítima defesa, uma vez que ele teve reação "a abordagem injusta de Edílson que estava armado e fez menção de atirar". 

“A decisão de ser ou não legítima defesa cabe ao Ministério Público Estadual que vai analisar o inquérito”, destacou.

Versão do acusado 
Em seu interrogatório, o assaltante Edílson Pedroso da Silva relatou que achava que os dois PMs eram seguranças da empresa, uma vez que a atual farda é azul claro, semelhante a de algumas empresas da área. Assim que chegou, perguntou ao cabo PM Leandro se ali “trocava dinheiro”. De imediato, segundo ele, o militar sacou a arma e atirou.

“Ele (Edílson) disse que o objetivo dele naquele momento era roubar. Pensou que o PM era um segurança e iria rende-lo”, explicou o delegado Walfrido Franklin do Nascimento.

“Na visão do policial, teve uma troca de tiros, mas os disparos saíram de uma única arma, tanto os projéteis recolhidos no local como extraídos dos corpos das vítimas”, frisou. Edílson respoderá pelo roubo de três veículos.





Fonte: Midia News

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