O prefeito de Rondonópolis e presidente do PPS em Mato Grosso, Percival Muniz (PPS), começa a dar sinais de que não está tão próximo do senador e pré-candidato ao Governo Pedro Taques (PDT). Ele que vinha defendendo a candidatura do amigo com entusiasmo, em entrevista ao Rdnews mostrou-se ainda mais apático e desanimado com o projeto político do grupo. Ao ser questionado sobre rumores de um possível isolamento da sigla pelo senador, ele disparou: “O PPS que está em uma postura de não atrapalhar, agindo a cavalheiro. O PPS não quer servir de empecilho para Taques”.
Nos bastidores, a informação é de que Percival começou a ficar revoltado depois que o nome da esposa, Ana Carla Muniz, foi vetado nas discussões sobre a escolha do vice de Taques. O veto teria partido de um dos principais conselheiros do senador, o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.
Ana Carla já foi secretária estadual de Educação no Governo Blairo e hoje é uma primeira-dama atuante, comandando a pasta de Educação e coordenando outras ações na administração. Além dela, também já foram cogitados para vice de Taques, o empresário Eraí Maggi (PP), o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Marino Franz (PSDB). Também são lembrados a vice-prefeita de Sinop, empresária Rossaba Martinelli, o ex-prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti e a deputada estadual Luciane Bezerra, todos do PSB.
Ainda na entrevista ao Rdnews, Percival faz questão de frisar que não está participando das articulações pró-Taques. Na última reunião do grupo, em 5 de maio, ele não participou. O argumento que a coligação usou foi de que ele ficou preso no trânsito e não conseguiu chegar a tempo para o evento em Cuiabá. “Não estou me envolvendo muito com campanha, estou mais focado na gestão do município. Estamos ajudando naquilo que tem condições”, disse Percival ao ser questionado sobre quem é o seu candidato ao Senado e sobre o que tem feito pela candidatura de Taques, respectivamente.
2º turno
Diante do fato do cenário eleitoral ainda estar bastante indefinido, Percival salienta que não consegue avaliar se a eleição para Governo neste ano vai ser decidida logo no primeiro turno como tradicionalmente ocorre em Mato Grosso ou se haverá um segundo turno. “Esta é uma fase de muita conversação e as coisas estão ainda muito prematuras, então para fazer qualquer prognóstico neste momento tem que ser a mãe Diná”, brincou.