Um adolescente de 16 anos foi apreendido na madrugada desta terça-feira (25), no Morro dos Porcos, zona rural de Ibiaí (MG). Segundo a polícia, ele estava escondido na casa de familiares depois matar uma mulher em uma tentativa de assalto em um supermercado no Bairro Santos Dumont, em Pirapora (MG).
De acordo com a Polícia Militar, o menor já foi apreendido outras vezes, por tráfico de drogas, assaltos e direção perigosa. Ao ser detido, ele confessou o crime e não demonstrou arrependimento, ainda segundo a PM. A vítima, de 44 anos, trabalhava no caixa do supermercado e, apesar de não ter reagido quando foi abordada pelo assaltante, acabou sendo baleada na cabeça. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos.
A PM faz buscas para tentar localizar outro adolescente, de 17 anos, que já foi identificado e dava cobertura no assalto. Após o crime, os dois fugiram de bicicleta sem levar nenhuma quantia em dinheiro. A arma utilizada não foi apreendida.
Ainda de acordo com a PM, os dois adolescentes fazem parte de uma facção criminosa conhecida como "CJ", do Bairro Cidade Jardim.
O adolescente de 16 anos está na delegacia de Pirapora (MG).
Sensação de Insegurança
Aerton Oliveira, proprietário do supermercado onde o crime aconteceu, é comerciante há 30 anos. Ele conta que o estabelecimento já foi assaltado outras seis vezes.
"Em outros assaltos os criminosos levaram até as moedas do caixa, mas sem que nenhuma fatalidade acontecesse. Percebo que de 15 anos para cá, a quantidade de roubos tem aumentado muito."
Segundo o comerciante, o aumento dos crimes o fez investir em segurança; 24 câmeras fazem o monitoramento do local. "A segurança real não existe. Os equipamentos eletrônicos ajudam, mas estamos sujeitos à ação dos criminosos, por isso alguns comerciantes de Pirapora estão contratando também guardas, que ficam nas portas dos estabelecimentos."
A mulher que foi morta era funcionária do estabelecimento há mais de três anos e estava com as férias programadas para junho. "Não sei como vai ficar o psicológico das outras pessoas que trabalham aqui, acho que há risco de que elas queiram até pedir demissão", diz Aerton Oliveira.