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Quarta - 26 de Março de 2014 às 09:35

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Após intervenção do Poder Judiciário, os professores da rede pública municipal de ensino de Várzea Grande encerraram greve
Após intervenção do Poder Judiciário, os professores da rede pública municipal de ensino de Várzea Grande encerraram greve

Após intervenção do Poder Judiciário, os professores da rede pública municipal de ensino de Várzea Grande encerraram, nesta terça-feira (25 de março), a greve que durou 37 dias. O presidente do Sintep de VG, Gilmar Soares Ferreira, garante que amanhã (26 de março) os professores já voltam às salas de aula. Para que houvesse acordo entre a categoria e a administração municipal e se evitassem maiores prejuízos às milhares de crianças que estavam perdendo aula, a atuação do Núcleo de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça foi essencial.

“O fato da Secretaria de Educação ter assinado o acordo, sob o crivo do Judiciário, foi um grande avanço e a participação das magistradas e conciliadoras foi fundamental. A presença do Judiciário nos dá maior segurança de que o acordo será cumprido, porque em 2013 realizamos duas greves e em todas as oportunidades a Prefeitura descumpriu o que nos havia prometido”, enfatiza Gilmar Soares.

A conciliação foi feita pelo Judiciário em duas etapas e na última audiência, realizada na sexta-feira (21 de março), chegou-se a um consenso. O acordo que será homologado pela Justiça possui sete cláusulas. O principal ponto acordado é que no mês de maio a Prefeitura fará a recomposição salarial dos profissionais em 16,32%, percentual que corresponde à soma das perdas inflacionárias ocorridas em 2013 e 2014. Conforme o Sintep, hoje a categoria recebe o salário de 2012. “O piso é de R$ 906 e deveria ser de R$ 1.060”, frisa Gilmar.

Além disso, no mesmo prazo a Prefeitura tem que apresentar um estudo de impacto financeiro do retroativo desta recomposição salarial e em três meses apresentar a proposta de parcelamento da dívida, bem como o calendário de gozo de férias e licenças-prêmio.

A coordenadora da Central de Conciliação de Cuiabá, juíza Adair Julieta da Silva, foi quem conduziu a conciliação no dia 21, juntamente com a mediadora Silvia Melhorança. Adair frisa que desde o mês passado havia uma liminar do desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha decretando a ilegalidade da greve e estipulando multa diária de R$ 10 mil ao Sindicato, mesmo assim o Núcleo sentiu a necessidade de restabelecer este diálogo entre as partes e promover a pacificação social.

“Se não houvesse o acordo, daqui a dois ou três meses a categoria poderia fazer nova greve. Agora quem mais sai ganhando é a sociedade, porque a educação é um dos pilares do país e um direito constitucional”, observa. Ela destaca ainda que os professores tiveram as reivindicações atendidas em parte, dentro do que foi possível para não haver desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo a juíza, o acordo será juntado aos autos do processo que tramita no TJ sob a relatoria da desembargadora Maria Gargaglione Póvoas e este será extinto. Assim a Prefeitura não poderá mais executar a multa, tampouco fazer corte de ponto e salário dos grevistas.





Fonte: Midia News

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