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Nacional
Quarta - 26 de Março de 2014 às 10:36

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A agência americana de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) rebaixou, nesta quarta-feira (26), as notas de crédito de 13 instituições financeiras brasileiras – entre elas, grandes bancos estatais e privados, seguradoras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A perspectiva de rating foi colocada como "estável", ou seja, não estão previstos novos rebaixamentos no curto prazo.

Ao todo, os ratings globais de outras 17 instituições financeiras e os nacionais de 26 foram colocados em observação com implicações negativas, o que significa que podem ser rebaixados.

Tiveram suas notas reduzidas: Banco do Brasil (BB), BNDES, Caixa Econômica Federal, Itaú-Unibanco, Itaú BBA, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank, Banco do Nordeste do Brasil, Allianz Global, SulAmérica e SulAmérica Companhia Nacional de Seguros.

O rebaixamento das notas das instituições segue o corte no rating do Brasil. Na segunda-feira (24), a S&P baixou a classificação do Brasil de "BBB" para "BBB-", a faixa mais baixa da categoria de grau de investimento.

No dia seguinte, a agência americana indicou que não vê perspectiva para um novo rebaixamento do país, destacando que isso só acontecerá se os indicadores externos tiverem forte deterioração e se o governo brasileiro romper seu compromisso com políticas pragmáticas.

"Reduzir os ratings de novo é realmente um cenário que nós não estamos contemplando. Estamos confiantes com o Brasil dentro da categoria de grau de investimento", disse, na ocasião, a analista da Standard and Poor's Lisa Schineller, em conferência telefônica com analistas e jornalistas. Segundo Lisa, os parâmetros da economia brasileira "ainda estão no lugar".

Menor transparência e subsídios para energia
Entre os dados citados para redução do rating do país, a analista da agência americana também falou sobre uma menor transparência do governo na execução fiscal. Além disso, a dinâmica do setor elétrico pesou na decisão, como os subsídios para adiar a alta nas contas de luz.

De acordo com Lisa, a redução da nota do Brasil reflete a deterioração fiscal vista nos últimos anos, em um cenário de menor crescimento econômico, falta de transparência e sustentação baseada em fatores temporários de arrecadação.

"A credibilidade sobre a política fiscal perdeu força recentemente", disse.

A analista da Standard and Poor's lembrou que recentemente o governo brasileiro anunciou cortes no orçamento, mas afirmou que "não será fácil atingir o superávit formal" pretendido sem recurso a algum tipo de ajuste, dado o baixo crescimento".

Também pesou no corte do rating do país o julgamento da correção das poupanças pela Justiça, que pode determinar que os bancos arquem com supostas perdas nas cadernetas ocorridas durantes os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.






Fonte: Do G1

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