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Quarta - 26 de Março de 2014 às 20:17

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MidiaNews/Reprodução
Equipamentos comprados pelo Governo; no detalhe, ex-secretários De Vito e Marchetti
Equipamentos comprados pelo Governo; no detalhe, ex-secretários De Vito e Marchetti

Além da ação popular sentenciada na segunda-feira (24) pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva (leiaAQUI), os envolvidos no caso conhecido como o “Escândalo dos Maquinários” ainda respondem a processos que tramitam na Justiça Estadual de Mato Grosso.

Dos três processos que correm na Justiça Comum, todos movidos pelo Ministério Público Estadual (MPE), dois são de caráter cível e encontram-se na Vara Especializada de Ação Cívil Pública e Ação Popular de Cuiabá, sob a responsabilidade dos juízes Luiz Aparecido Bortolussi e Célia Regina Vidotti. 

O outro é de natureza penal, e tramita na Vara Especializada contra o Crime Organizado, que tem como responsável a juíza Selma Arruda.

Ambas as denúncias contidas nas ações cíveis já foram recebidas: uma em 2011 e a outra em 2012.

Superfaturamento

O MPE imputa aos ex-secretários Geraldo De Vitto (Administração), Francisco Vilceu Marchetti (Infraestrutura) e aos representantes das 10 empresas envolvidas o superfaturamento de cerca de R$ 44 milhões, na aquisição de 705 máquinas, em 2009, pelo Governo do Estado, no programa “MT 100% Equipado”. 

Além do ressarcimento integral do suposto desvio, o MPE objetiva a suspensão dos direitos políticos dos acusados por cinco anos, perda de função pública e proibição de contratar com o Poder Público. 

Já na ação penal, recebida pela Justiça em abril do ano passado, também consta como réu, além dos ex-secretários e dos representantes das empresas, o ex-superintendente da Secretaria de Infraestrutura, Valter Antônio Sampaio. 

Se condenados na esfera penal, Sampaio, De Vitto, Marchetti e os outros 10 representantes das empresas envolvidas podem pegar de cinco a 20 anos de prisão por corrupção passiva, fraude em licitação e fraude processual.

Sem acusação

O ex-governador e atual senador da República, Blairo Maggi (PR), não responde a nenhuma ação na esfera estadual. 

O que existe contra ele é um inquérito civil instaurado, há dois anos, na Procuradoria Geral da Justiça para analisar a sua conduta na época do procedimento licitatório. 

O caso está sob a responsabilidade do procurador Syger Tutiya.

Esfera federal

Em decisão na segunda-feira (24), o juiz federal Julier Sebastião da Silva condenou Geraldo De Vitto e Vilceu Marchetti e as 10 empresas a ressarcirem o erário o valor de R$ 44 milhões. 

Eles deverão ainda pagar multa de R$ 10 mil e as empresas, com exceção da Extra Caminhões, a multa de R$ 20 mil. 

O ex-governador Blairo Maggi e o ex-secretário de Estado da Fazenda, Éder Moraes Dias, foram absolvidos nesta ação.

Na Justiça Federal, a ação foi proposta pelo empresário Antônio Sebastião Gaeta e investiga a aquisição das máquinas e equipamentos pelo Governo do Estado, durante a gestão do então governador Blairo Maggi, em 2009.

O processo foi julgado na esfera federal porque, para a aquisição dos equipamentos, foram utilizados recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), num total de R$ 241 milhões.

Entre os documentos que fundamentaram a condenação estava o relatório realizado pela Auditoria Geral do Estado, a pedido do próprio governador da época, Blairo Maggi, que apontou o superfaturamento na ordem de R$ 44 milhões.

As empresas condenadas por Julier são: Tork Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda, Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda. DymaK Máquinas Rodoviárias Ltda; Iveco Latin América Ltda; M. Diesel Caminhões e ônibus Ltda; Rodonbens Caminhões Cuiabá S/A; Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda; Extra Caminhões Ltda; Auto Sueco Centro-Oeste Concessionária de Veículos Ltda

Confira quem responde às ações nas áreas estadual e federal relativas ao “Escândalo dos Maquinários”:

1ª Ação Civil de Improbidade Administrativa, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular:

Geraldo Aparecido de Vitto Júnior

Dymac Maquinas Rodoviárias Ltda.

Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda.

Tork Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda.

Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda.

2ª Ação Civil de Improbidade Administrativa, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular:

Geraldo Aparecido de Vitto Júnior

Vilceu Francisco Marchetti

Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda.

Sá Brasil Participações Ltda.

Rodobens Caminhões Cuiabá S/A

Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda.

Iveco Latin América Ltda.

Extra Caminhões Ltda.


Ação Penal, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado:

Vilceu Francisco Marcheti

Geraldo Aparecido de Vitto Júnior 

Valter Antônio Sampaio 

Rui Denardim (Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda.)

Sílvio Scalabrin (Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda.)

José Renato Nucci (Tork Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda.)

Valmir Gonçalves de Amorim (Dymak Máquinas Rodoviárias Ltda.)

Marcelo Fontes Corrêa Meyer (Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda.)

Ricardo Lemos Fontes (Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda.)

Otávio Conselvan (Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda.) 

Rodnei Vicente Macedo (Rodobens Caminhões Cuibá S/A) 

Harry Klein (Iveco Latin América Ltda.)

Davi Mondin (Torino Comercial de Veículos Ltda)





Fonte: Midia News

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