O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que Várzea Grande receberá, até o final do seu mandato, cerca de R$ 500 milhões em investimentos públicos, entre obras da Copa, mobilidade urbana, indústria e educação.
Durante a inauguração dos residenciais Jacarandá 1 e 2, do programa Minha Casa Minha Vida, da região do Chapéu do Sol, na sexta-feira (28), ele afirmou a cidade precisa sair da situação caótica em que se encontra.
“Queremos colocar a Cidade Industrial novamente nos trilhos e atrair investimentos. Vamos fazer um Distrito Industrial, que ainda não decidimos se será aqui no Chapéu do Sol ou na região do Trevo do Lagarto, que vai gerar empregos aqui em Várzea Grande”, disse em seu discurso.
Na área educacional, estão previstas para a região do Chapéu do Sol um campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e outro do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). “Não dá para aceitar uma cidade com mais de 300 mil habitantes sem uma universidade pública”, criticou o governador.
Mobilidade e habitação
Obras de mobilidade urbana também se espalham por diversos pontos, enquanto os buracos cobrem todo o resto da cidade. Silval citou a duplicação da Rodovia Mário Andreazza, que dá acesso ao bairro dos novos residenciais, e da Estrada da Guarita, bem como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
“As obras da Copa eram para ser em Cuiabá, mas eu estendi para Várzea Grande. Levaremos um transporte de qualidade que é o VLT, até logo depois do Aeroporto Marechal Rondon”, disse Silval.
O governador voltou a prometer, também, a retomada das obras do Rodoanel, que contornará Cuiabá e Várzea Grande. Em Várzea Grande, o Rodoanel terá 13 quilômetros e duas pontes - uma sobre o rio Cuiabá, outra sobre o rio Pari. As obras foram paralisadas em 2009 devido irregularidades na execução do convênio firmado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Prefeitura de Cuiabá.
O governador ressaltou, ainda, que o município é o campeão em residenciais populares, como o inaugurado nesta sexta-feira. Conforme o prefeito Walace Guimarães (PMDB), porém, a cidade permanece com um déficit habitacional de mais de 9 mil casas, que precisam ser destinadas a famílias de baixa renda que se enquadram nos critérios do programa Minha Casa Minha Vida.
Representação política
A cidade sofre, também, com a falta de representação política. Desde que Walace tomou posse como prefeito, em janeiro de 2013, não há mais nenhum representante de Várzea Grande na Assembleia Legislativa. No Congresso Nacional a situação é um pouco melhor - os irmãos Júlio e Jayme Campos (ambos do DEM) possuem assento na Câmara e no Senado Federal, respectivamente.
Na Câmara Municipal, o prédio sequer comporta todos os 21 vereadores. Por isso, o setor administrativo do Poder Legislativo municipal teve que ser transferido para outro prédio.
