Maria Cândida Portinari foi encontrada morta no
banheiro de casa (Foto: Reprodução / TV Globo)
A investigação que apurou as circunstâncias da morte de Maria Cândida Carvalho Portinari, neta do pintor Cândido Portinari, concluída nesta segunda-feira (31), indica o pedreiro João Alves de Souza, de 65 anos, como o responsável. Segundo a Polícia Civil, ele vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Na noite de 24 de março de 2013, Maria Cândida Portinari foi encontrada desacordada no banheiro de sua casa no condomínio Povoado das Canoas, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Ela foi socorrida, mas sofreu uma parada cardíaca no local, e não resistiu. Na ocasião, os bombeiros informaram que a morte teria sido provocada por um escapamento de gás.
Segundo nota da polícia nesta segunda, "a morte ocorreu por conta da queima de gases, produtos da queima do GLP, pela ausência de abertura na porta do banheiro para ventilação, bem como pelo fato da chaminé do aquecedor estar instalada dentro do forro de gesso, impossibilitando a exaustão dos gases". Naquele mês, o pedreiro João Alves de Souza reformou o banheiro da casa onde Maria Cândida morava.
Ainda de acordo com a investigação, realizada pela 15ª DP (Gávea), ao realizar a reforma mantendo o banheiro sem exaustão e ventilação, "João agiu com violação do dever objetivo de cuidado, causando resultado involuntário". A investigação foi enviada à 15ª Promotoria de Investigações Penais do Ministério Público.
Relembre o caso
Em 24 de março do ano passado, um domingo, Maria Cândida tinha 16 anos e se preparava para ir ao cinema com o namorado; depois encontraria os pais para jantar. Enquanto a jovem tomava banho, o pai sentiu forte cheiro de gás. Ele correu para o banheiro e encontrou a jovem submersa na banheira. Chamou vizinhos, amigos e bombeiros, mas não conseguiu reanimá-la.
Segundo a madrinha da jovem, Christina Penna, Maria Cândida era uma jovem linda e meiga.
"Era uma menina do seu tempo, com muitos amigos, ligada na internet, alegre, cheia de vida", afirmou.
Segundo Christina, ela era filha única do segundo casamento de João com a advogada Maria Edina.
"Maria nasceu para dar alegria ao casal", disse a madrinha, na época da morte da menina.