A reunião de duas horas e meia entre os líderes dos principais partidos que formam a base aliada do Governo Silval Barbosa (PMDB), na noite de segunda-feira (31), em Cuiabá, teve um único objetivo: tentar demover o senador Blairo Maggi da idéia de não disputar o Governo do Estado em outubro deste ano.
A revelação foi feita pelo próprio Blairo Maggi, ao final da reunião, realizada na sede do grupo Amaggi e que contou com a presença do governador Silval Barbosa, deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), deputado federal Wellington Fagundes (PR), deputado federal Valtenir Pereira (Pros), deputado estadual Alexandre César (PT) e deputado estadual José Riva (PSD).
“Todas essas lideranças apelaram para que eu repense a questão de uma candidatura ao Governo do Estado. Expliquei que, desde 2010, há quatro anos, portanto, estou sinalizando que não tenho nenhum interesse em entrar na disputa em 2014. Avisei que teria dificuldades para isso, porém, continuam me pedindo para entrar na disputa, lembrando a grande aceitação popular em torno do meu nome. E por aí vai... Disse a eles que posso ajudar na eleição, mas não está no meu tempo aceitar uma nova disputa pelo Governo”, disse Maggi.
O senador republicano deixou claro, porém, que foi comunicado que a coligação vai continuar trabalhando os nomes pré-colocados até o momento (Chico Daltro, Lúdio Cabral e Julier Sebastião).
O magistrado vai se filiar ao PMDB na quarta-feira (dia 2), ao PMDB.
“Mesmo discutindo os nomes já postos, os companheiros disseram que vão esperar que, nesse meio tempo, eu decida recuar da decisão de não disputar. E se dispuseram a dar um passo atrás, caso alguma coisa tenha sido decidida”, disse Maggi.
O senador também observou que o PR tem um grande poder de decisão dentro da base aliada, uma vez que tem um candidato ao Senado e uma representação bastante expressiva na Assembleia Legislativa, com oito deputados (um terço do total de 24 parlamentares).
“Embora eu já esteja decidido sobre o que eu quero, não posso ignorar a posição do meu partido, já que temos a obrigação de manter, ou até mesmo de ampliar, o número de cadeiras que temos hoje no Parlamento estadual”, completou o senador.
Ele deixou claro que, mesmo relutando em se manter fora da disputa eleitoral, sua decisão não pode ser considerada irreversível.