O magistrado realizou audiência para cobrar explicações sobre saídas, não autorizadas, por parte do ex-parlamentar, condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por participação no esquema do Mensalão. Henry alegou que no momento em que foi visto, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, estava se dirigindo ao escritório de seus advogados, Décio e Raphael Arantes, para tratar da decretação da perda do cargo de perito médico-legista do Instituto Médico Legal (IML).
“Oras, toda pessoa tem direito a ampla defesa e, havendo irresignação a cerca de qualquer decisão, pode buscar auxilio do profissional do direito para defender seus interesses. (...) Assim, dou por plenamente justificada a conduta do Sr. Pedro Henry Neto”, afirma o magistrado em trecho da decisão.
Diante da perda do cargo público, a defesa de Henry também protocolou novo contrato firmado entre o ex-deputado e o Hospital Santa Rosa, com jornada de trabalho de segunda a sexta das 7h às 11h e das 13h às 17 e aos sábados das 7h às 13h com salário de R$ 7,5 mil.
A solicitação de alteração na jornada de trabalho foi acolhida por Fidélis. “Por fim, para evitar maiores incompreensões, AUTORIZO o Sr. Pedro Henry Neto a, na hora do almoço, se deslocar até o banco onde possui conta corrente”.
Preso desde dezembro do ano passado, após receber condenação definitiva pelo crime de corrupção passiva, Henry começou a trabalhar no hospital no dia 9 de janeiro. No mesmo mês, tomou posse do cargo que ocupava no IML até 1996 e passou a dividir seu dia de trabalho entre as duas funções.
No entanto, após pedido de revisão formulado pelo Ministério Público Estadual, foi constatado que, na sentença proferida pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), havia a decretação da perda do cargo público, o que foi efetivado na última semana.