O governador Silval Barbosa (PMDB) e o secretário da Copa, Maurício Guimarães, rebateram as declarações feitas pelo adjunto da Secopa, Alysson Sander, de que a Trincheira do Santa Rosa não ficará pronta até a Copa do Mundo, em junho.
“Quem da Secopa admitiu isso? Eu e o Maurício conversamos com os empresários e a trincheira do Santa Rosa estará passando por cima e pelos lados [durante a Copa]”, disse Silval, sem esclarecer, porém, sobre a funcionalidade total inferior da obra.
As declarações foram dadas durante a realização do primeiro jogo-teste da Arena Pantanal, entre Mixto e Santos, pela Copa do Brasil, na noite de quarta-feira (2).
A trincheira, que é uma das obras mais atrasadas do pacote de mobilidade urbana para o Mundial, já teve sua conclusão adiada por diversas vezes, em função de uma verdadeira “queda-de-braço” entre a Secopa e a CAB Cuiabá, concessionária de água e esgoto da Capital.
Isso porque, no canteiro de obras, na Avenida Miguel Sutil, encontram-se adutoras de água responsáveis pelo abastecimento de água de mais de 50% dos bairros de Cuiabá. E, para que a obra fosse concluída, era necessário o remanejamento do duto.
Tony Ribeiro/MidiaNews |
|
Trincheira Santa Rosa: obra é uma das mais atrasadas do pacote de mobilidade para a Copa |
Depois do serviço feito, a adutora não teria sido bem remanejada, o que compromete o asfaltamento da pista e a finalização da obra.
Segundo Guimarães, o secretário-adjunto da Secopa foi “mal interpretado” e a trincheira será concluída a tempo de não prejudicar a trafegabilidade pela Perimetral durante o Mundial, principalmente para as delegações e aos membros da Federação internacional de Futebol (Fifa), que ficarão hospedados no Hotel Gran Odara, próximo à obra.
O secretário salientou que a CAB já deu início às obras necessárias no local, mas não poupou críticas ao que chama de "falta de planejamento" da concessionária.
“Ela demorou seis meses para remover uma adutora. Foi falta de planejamento dela [CAB>”, disse.
Trincheira Santa Rosa
Com 520 metros de extensão e orçada em R$ 26,2 milhões, a obra é executada pela empresa Camargo Campos S.A. Engenharia e Comércio e, até o momento, teve o trânsito liberado parcialmente, apenas sobre a rotatória e uma das marginais (sentido Santa Rosa-Várzea Grande), em dezembro passado.