O governador Silval Barbosa (PMDB) admitu que a obra da trincheira de acesso ao Bairro Santa Rosa, na Avenida Miguel Sutil, estará pronta para tráfego somente nas faixas laterais e na rotatória superior durante a realização da Copa do Mundo. A trincheira é uma das principais construções prometidas pelo governo estadual para melhorar as condições de acesso viário ao estádio Arena Pantanal, para o qual estão programados quatro partidas a partir do dia 13 de junho.
O governador admitiu a situação da obra na noite desta quarta-feira (2), durante coletiva de imprensa realizada na Arena Pantanal minutos antes do início da partida entre Mixto e Santos pela Copa do Brasil. "Conversamos com empresários e eles nos garantiram que será permitida a passagem por cima e dos lados", disse.
Questionado por jornalistas sobre os problemas enfrentados no trânsito pelos torcedores em deslocamento até o estádio, Silval afirmou que existem demasiadas previsões pessimistas a respeito do desempenho de Cuiabá durante a Copa, afirmou que esta quarta-feira foi um dia atípico devido à forte chuva durante a tarde e assegurou que as principais obras necessárias para a mobilidade urbana estarão prontas dentro do prazo para viabilizar acesso ao estádio.
No caso da trincheira do Santa Rosa, segundo a breve resposta do governador, a parte pronta seriam as vias laterais e a rotatória – a qual já está liberada. "As obras estarão prontas. A trincheira do Santa Rosa vai passa por cima e dos lados", afirmou o governador.
Segundo governador, laterais e rotatória devem
operar na Copa. (Foto: Edson Rodrigues/Secopa)
Embora ele não tenha comentado as causas do atraso, pelo menos dois percalços já provocaram atraso na construção da trincheira, de 520 metros de extensão.
O primeiro dele foi no primeiro semestre do ano passado, quando a obra ficou mais de um mês parada após a rescisão do contrato entre a empreiteira vencedora da licitação e a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa).
O contrato havia sido rescindido devido à demora para entrega de partes da obra. Quando ela foi retomada por uma segunda empresa e a um custo 9,7% maior (total de R$ 24,3 milhões), outro problema se mostrou: a dificuldade de adequar a construção a interferências como fiação elétrica e principalmente as redes de esgoto e água do município.
Com intermédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE), este ano o governo e as concessionárias concordaram em cooperar para superar esses obstáculos nas obras, mas até a semana passada a falta de avanço continuava visível: na obra da trincheira, onde já devia haver pavimento, a tubulação de água ainda estava aparente em meio à terra revirada. Para completar, no último domingo uma tubulação de água se rompeu durante trabalhos de drenagem da trincheira.