O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ainda desconhece o pedido do governo da Rússia para ampliar a fiscalização e monitoramento em duas unidades frigoríficas brasileiras visando atender normas sanitárias e comerciais.
A assessoria de imprensa do Mapa informou ao Agrodebate, nesta quinta-feira (3), que ainda não recebeu o documento enviado pelo Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), que cobra do governo brasileiro medidas mais eficazes no controle de substâncias nocivas como a Salmonella e Listeria em produtos alimentares fornecidos por duas indústrias brasileiras: Seara Alimentos LTDA e Cooperativa Agroindustrial Lar.
Por meio de nota, o Mapa informou que "ainda não recebeu todas as informações necessárias para ter conhecimento dos detalhes do caso. Assim, não irá pronunciar neste momento por falta de conhecimento em sua amplitude e profundidade".
Em documento enviado ao secretário de Saúde Animal e Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rodrigo José Pereira Leite Figueiredo, o vice-diretor do Rosselkhoznadzor, Yevgeny Nepoklonov, solicita monitoramento laboratorial e investigação para os produtos enviados pelas empresas. Para o representante russo, o caso registrado no Brasil é considerado uma violação aos requisitos de saúde animal da União Aduaneira e da Rússia.
Tendo em conta estas detecções, o Rosselkhoznadzor introduz um controle laboratorial melhorado do abastecimento de plantas. No caso de serem detectadas violações semelhantes, a Rússia ameaça a impor restrições temporárias sobre as empresas brasileiras.
A reportagem também tentou contato com as empresas listadas pelo governo russo, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.