A reunião nesta quinta-feira foi obtida após a mobilização dos militares, organizados associações como de oficiais, de cabos e soldados, de subtenentes e sargentos e de inativos da Polícia e do Corpo de Bombeiros.
Os trabalhadores apresentaram ao governo umaplanilha com a reorganização das carreiras e salários, prevendo reajustes graduais nos vencimentos dos militares em quatro parcelas, sendo a primeira em julho deste ano e a última em outubro de 2015.
No entanto, de acordo com o cabo Adão Martins, presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS), o governo divergiu dos números apresentados pelos militares em conjunto, de forma que, de imediato, não foi possível qualquer acordo. O único avanço obtido, portanto, foi o comprometimento por parte do governo de analisar as planilhas repassadas pelas associações militares e voltar a se reunir com eles para negociar na próxima quarta-feira (21).
Isso porque o governo já alegou ter aplicado reajuste de 53% para os oficiais entre os anos de 2011 e 2014, além de 52% para os praças no mesmo período.
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, explicou que o governo está disposto a negociar, mas que há limitações. A principal delas é o impedimento legal de se aplicar aumento salarial durante ano eleitoral. Por outro lado, Nadaf afirmou que ainda é possível, do ponto de vista legal, aplicar uma reestruturação das carreiras que permita ganhos de remuneração aos militares.
O que há de ser feito agora, avaliou Nadaf, é avaliar os impactos que essa reestruturação provocaria na folha de pagamento do estado.