Senador Blairo Maggi (PR), do exterior (Áustria), convocou reunião ampliada com a cúpula republicana, prevista para seu retorno, no dia 27 deste mês, em Cuiabá, que poderá mudar todo o processo de discussões sobre o embate eleitoral de 2014. Ao entrar em contato com o suplente que ocupa sua vaga no Senado, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, Maggi pediu à legenda que “aguarde sua volta ao Estado porque quer, junto com o partido, tomar a decisão sobre o projeto político da legenda”. No PR, é crescente o movimento que admite a possibilidade de ele vir a assumir a corrida ao comando do Estado. Fonte do partido assegura que nos últimos dias Maggi teria olhado com outros olhos o tabuleiro político, admitindo a chance de ocupar o principal posto na chapa majoritária.
Na tarde de ontem, ao confirmar as informações do pedido da reunião entre republicanos, o presidente estadual e pré-candidato ao Senado, deputado federal Wellington Fagundes, preferiu não dar vazão a expectativa de que Maggi possa reavaliar. “Acho que essa questão está fechada. Mas ainda tem pessoas no partido que pedem ao senador Blairo Maggi uma reanálise da sua posição. Temos um projeto de disputar o Senado, inclusive com apoio do próprio senador, e por enquanto seguimos esse encaminhamento”, assinalou Fagundes.
Cidinho é um dos mais ferrenhos defensores do retorno de Maggi ao pleito geral deste ano. E não parte apenas dele essa postura, sendo acompanhado de outros membros da direção estadual, de prefeitos do interior e também de líderes de legendas aliadas. No atual quadro, Wellington fez questão de frisar que o partido ainda mantém conversas com o PDT do senador Pedro Taques, em que pese as críticas de pedetistas como o presidente, Zeca Viana, sobre a necessidade de os republicanos se posicionarem em relação a construção de uma aliança.
“O PR só tomará uma decisão com o senador Blairo Maggi que é uma das maiores lideranças do partido no Estado. E não estamos falando de oposição ou de situação. Estamos falando de um programa de construção para Mato Grosso que é um estado em desenvolvimento, que muito contribui para a balança comercial do país, mas que precisa de apoio do governo federal”. Ao mencionar esse panorama, Fagundes deixa aberto o ambiente para compor com Taques. “Um estado de dimensões como Mato Grosso precisa do respaldo de todos que possam ajudar, e por quê não estar num palanque suprapartidário?”.
Nessa análise, destacou ainda a crença de que poderão estar juntos, em Mato Grosso, boa parcela de presidenciáveis. Taques conta em seu bloco com siglas como o PSDB, do deputado federal Nilson Leitão e o PSB de Mauro Mendes, com os pré-candidatos à presidência da República, Aécio Neves e Eduardo Campos, respectivamente.
Fagundes, que já abriu mão de sua candidatura ao Senado em eleições passadas, não descarta repensar sobre o assunto. “Todas as decisões passam pela legenda. Já deixei esse projeto em outra conjuntura eleitoral e cabe somente ao partido dirigir os encaminhamentos. Neste momento, o plano é disputar o Senado e temos que discutir com todos, da oposição à situação”.