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Segunda - 19 de Maio de 2014 às 09:27
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli
O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras do Senado vai interrogar nesta terça-feira (20) o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. A comissão é controlada pela base aliada. Dos 13 membros, 10 senadores são governistas.

Gabrielli chegou a ser chamado para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados na semana passada sobre o prejuízo causado à estatal com a compra da refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006, mas cancelou sua ida alegando que seria convocado pela CPI da Petrobras.

No início de abril, Gabrielli afirmou a deputados do PT que a compra de Pasadena foi, na época da compra (2006), "um bom negócio".

Presidente da Petrobrás à época da compra da refinaria de Pasadena, em 2006, Gabrielli admitiu em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo" sua parcela de responsabilidade no negócio controverso, mas dividiu o ônus com a presidente Dilma Rousseff.

Segundo Gabrielli, o relatório entregue ao Conselho de Administração da estatal foi "omisso" ao esconder duas cláusulas que constavam do contrato, mas Dilma, que era ministra da Casa Civil e presidia o conselho, "não pode fugir da responsabilidade dela".

A defesa do negócio de Pasadena de Gabrielli contrasta versão sobre a compra fornecida pela atual presidente da Petrobras, Graça Foster. Em audiências na Câmara e no Senado, a executiva admitiu que a compra de Pasadena "não foi um bom negócio".

Graça também afirmou que a compra da refinaria foi um negócio de "baixo retorno" analisando o cenário do mercado de petróleo e gás atual, mas "potencialmente bom" na época da aquisição dos 50% iniciais da belga Astra Oil. A executiva também foi convocada pela CPI e irá depor no colegiado na próxima terça-feira (27).

Também irá depor o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele é apontado como o responsável pela realização do parecer "falho" que balizou a decisão do Conselho de Administração da Petrobras para comprar Pasadena.

Cerveró também já esteve no Congresso dando explicações sobre a refinaria. Em audiência pública na Câmara, o ex-diretor defendeu o negócio e afirmou que não "houve intenção de enganar ninguém" sobre as condições do contrato de compra de Pasadena.





Fonte: Midia News

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