O Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de TransporteTerrestre (Stettcr) confirmou que devem circular 30% da frota, índice considerado legal em casos de greve.
Com isso, Cuiabá, que tem uma frota de 400 coletivos, deve contar com apenas 120, e Várzea Grande, onde circulam normalmente 80 ônibus, contará com apenas 24 veículos.
A principal reivindicação da categoria é reajuste salarial de 7,15%. O percentual elevaria o atual salário dos motoristas de R$ 1.680 para R$ 1.800, por exemplo.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado (STU), no entanto, oferece 4,65%, percentual considerado insatisfatório.
“Está abaixo da inflação”, disse ao MidiaNews, na semana passada, o presidente do sindicato dos motoristas, Ledevino Conceição.
Justiça
Apesar de a greve dos motoristas de transporte público da Grande Cuiabá começar nesta terça no domingo (18), alguns usuários foram “pegos de surpresa”: a tarde, 100% da frota não trabalharam.
A paralisação foi anunciada pela categoria, que se reuniu em assembleia geral durante toda a tarde e início da noite.
Pela paralisação geral, os empresários entraram com pedido no Tribunal Regional do Trabalho no mesmo dia, solicitando que ao menos 80% da frota circulasse.
A decisão da desembargadora Maria Berenice Carvalho Castro Souza, no entanto, ocorreu no meio da tarde, o que não causou cumprimento da liminar.
Ainda assim, a STU solicitou em sua ação que a circulação de 80% da frota permaneça durante toda a greve. Esse pedido ainda será analisado pelo Tribunal.
Caso seja favorável aos empresários, o sindicato dos motoristas afirmou que cumprirá o que a Justiça solicitar.