Adiado para sexta-feira júri de dupla acusada de assassinar prefeito em MT Crime ocorreu na cidade de Nova Canaã do Norte, no ano de 2011. Um dos jurados sorteados já havia deposto na fase de inquérito policial.
A Justiça estadual adiou para esta sexta-feira (23) o júri popular de um empresário e de um comerciante acusados de participar do assassinato de Antônio Luiz de Castro, prefeito de Nova Canaã do Norte, município a 696 km de Cuiabá. Ele foi morto aos 43 anos no ano de 2011 e o julgamento do caso estava previsto para esta quinta-feira.
Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), um dos jurados sorteados para fazer parte do conselho de sentença já havia sido ouvido na fase de inquérito policial do caso, o que o impede de participar da sessão de julgamento. Agora, a previsão é de que o júri seja realizado a partir das 8h desta sexta-feira, no prédio da Câmara Municipal de Nova Canaã do Norte.
Segundo a acusação, Wanderlei Teixeira de Almeida e Vanildo dos Santos teriam participado e esquematizado a morte do prefeito. Wanderlei é citado como mandante do assassinato.
Em entrevista ao G1, o advogado que defende os dois réus, Paulo Rogério de Oliveira, disse não existir provas suficientes para atribuir a responsabilidade do crime a eles. O defensor reafirmou que ambos são inocentes.
Atualmente, Wanderlei se encontra detido no Presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecido como "Ferrugem", na cidade de Sinop, a 503 km de Cuiabá. O segundo réu responde em liberdade. Uma terceira pessoa - que teria executado o assassinato a tiros - está foragida.
O crime
O prefeito Antônio, conhecido como "Luizão", foi morto quando saía de uma festa no Distrito Ouro Branco do Sul, em agosto de 2011. Na ocasião, o acusado Wanderlei estaria na mesma festa, observando de longe a vítima. Um outro suspeito, que teria sido contratado, aproximou-se e perguntou a Luiz se ele era o prefeito da cidade. Ao afirmar que sim, a vítima foi atingida com seis disparados. Em seguida, o atirador fugiu do local com a ajuda de Wanderlei.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a vítima havia adquirido um imóvel por meio de um leilão realizado pela Justiça Federal do Ceará. O imóvel pertenceria ao irmão do suspeito, apontado pela polícia como um dos “mentores intelectuais” do assalto ao Banco Central, no ano de 2005, em Fortaleza (CE).
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