Conforme o delegado Rodrigo Rufatto, todos os indícios e as provas colhidas durante os oito meses de investigação incriminam o casal e o motivo seria uma suposta vingança. Conforme Ruffato, o pai da farmacêutica, que é casado, teria tido um relacionamento amoroso com a fazendeira, gerando a ira de Núbia. “Acredito que isso tenha sido o ponta pé inicial”, comentou aos jornalistas.
O caso começou a ser desvendado após a polícia levantar o sigilo telefônico da fazendeira, fornecido pela operadora de celular. No dia do desaparecimento dela, Marta recebeu uma ligação de um homem que se dizia interessado em comprar uma fazenda. Essa pessoa seria Albert.
A partir daí, a polícia aprofundou as investigações e descobriu também o suposto relacionamento extraconjugal do pai da farmacêutica, que tem uma fazenda ao lado das terras de Marta. No curso das investigações, Albert e Núbia se mudaram de Juína e foram morar em Cuiabá.
Na semana passada, os dois foram ouvidos pela polícia, em separado, e caíram em contradição, dando afirmações que iriam contra as provas colhidas no inquérito. Os mandados de prisão preventiva foram solicitados pelo delegado e expedidos pela Justiça.
Depois de presos, os dois negaram, em depoimento, a participação no crime. Uma acareação entre o casal não está descartada. A polícia também investiga a participação de uma terceira pessoa no caso e uma segunda motivação, que seria o casal ter extorquido a fazendeira para tentar retirar dinheiro dela. Marta havia acabado de vender uma fazenda. “Mas a vingança pode ter sido o motivo principal”, disse o delegado na entrevista coletiva.
Albert está preso na Penitenciária Central do Estado e Núbia no presídio feminino da capital. O estudante de Direito poderá ser levado para a Cadeia Pública de Juína para o aprofundamento das investigações. Segundo a polícia, ele teria participado diretamente da execução da fazendeira.