Polícia não descarta latrocínio em morte de major Gasparetto Caso, no entanto, ainda tem muitas interrogações, segundo delegada responsável
Após três meses da morte do major aposentado daPolícia Militar Claudemir Gasparetto, 52 anos, a Polícia ainda tem poucas pistas.
Diversas pessoas já foram ouvidas e, ainda assim, as investigações não têm avançado. O policial foi assassinado no dia 18 de fevereiro, em frente a sua residência, em Várzea Grande.
A hipótese mais forte, segundo policiais, é que se tratou de um latrocínio (roubo seguido de morte), em que os bandidos tentaram roubar o carro da vítima e, ao ser reconhecido como policial, Gasparetto acabou morto.
O inquérito está no Fórum de Cuiabá, pois a delegada Sílvia Pauluzi pediu mais prazo para continuar os trabalhos.
Depoimentos desencontrados
Após muitos depoimentos desencontrados, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) não encontraram indício algum de que se trata de um crime de pistolagem, como suspeitavam a princípio.
A constatação é que não havia motivo que justificasse um crime de mando – ninguém tinha interesse na morte do oficial da PM.
Ao MidiaNews, a delegada Silvia reafirmou não descartar a hipótese de latrocínio, mas ponderou que nada está concluso.
“Não cheguei a essa conclusão ainda (latrocínio). Quando retornar do Fórum vou fazer algumas diligências (investigações). Daí, vamos ver o que vamos conseguir apurar”, frisou.
Conforme a delegada, as provas técnicas também estão sendo levadas em consideração.
“As investigações estão caminhando, tudo o que é relevante em termos de denúncias, informações são repassados para as equipes. Dependemos também dos laudos”, assinalou.
Ação premeditada
Na versão de um adolescente ouvido pela delegada no início das investigações – que em alguns momentos perde a lucidez -, três dos supostos quatro autores do assassinato são do Bairro Novo Terceiro e já tinham a intenção de roubar o carro do major uma vez que sempre passavam pelo bairro e sabiam o horário dele sair e chegar em casa.
O garoto aponta também um rapaz conhecido como “Careca”, que teria participado da ação.
O adolescente acrescentou que na tentativa de assalto, os bandidos reconheceram que o dono do carro era um policial e, por isso, atiraram.
A Ecosport em que os ladrões estavam foi vista minutos antes, estacionada em um esquina próxima.
Foi só o major ligar o carro e sair de ré até a calçada que o Ecosport se aproximou e fechou por trás impedindo que a vítima fugisse. Em seguida, três dos quatro ocupantes do carro desceram e foram atirando contra Gasparoto. Três dos quatro tiros foram fatais – somente o tiro no braço é que não provocaria o óbito. Foram usadas armas de calibre 9mm e ponto 40.
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