Silval ressaltou aos secretários que os advogados cuidarão da defesa dele no processo que apura crimes contra o sistema financeiro. Classificou como normal a investigação e salientou que isso não poderá significar a paralisia da gestão, que segue até o dia 31 de dezembro. Ele descartou se afastar do cargo para se defender das acusações, possibilidade comentada por diversos políticos na última semana.
Sobre a gestão, o governador cobrou celeridade das áreas, com a definição de metas e atenção ao cumprimento da legislação, sobretudo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina o pagamento de todos os restos e veda reajustes abusivos nos salários dos servidores. Silval não quer a máquina parada nem no período da Copa do Mundo, com a entrega de todas as obras possíveis até o final da gestão.
Um novo encontro, com a apresentação dos primeiros resultados pelos secretários está prevista para ocorrer daqui a 15 dias.
As investigações do suposto crime de lavagem de dinheiro, que levaram para a prisão políticos de Mato Grosso, revelam o uso de recurso público em prol de vantagens pessoais, sobretudo, em campanhas eleitorais. A ligação de políticos com o empresário do ramo de factoring e de postos de combustíveis, Gercio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido por Júnior Mendonça - alvo da primeira fase da Operação Ararath - se entende também a empréstimos para campanhas políticas de grupos de fora do governo e para negociações espúrias, conforme aponta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão e mandados de busca e apreensões contra autoridades do Estado e membro do Ministério Público Estadual (MPE).