De acordo com a assessoria de imprensa da instituição onde a criança continua aguardando, o quadro de saúde dela é bastante grave sendo necessário que seja encaminhada para uma UTI infantil o mais rápido possível. Mas o problema, é que Rondonópolis não dispõe de nenhum leito de UTI pediátrica para atender a menina. A responsabilidade para conseguir uma vaga, mesmo que na rede particular, ou em outro município, é da Central de Regulação de vagas. O Gazeta Digital ligou no celular da secretária municipal de Saúde, de Rondonópolis, Marildes Ferreira, mas não não conseguiu contato, pois as ligações não foram a tendidas e caíram na caixa postal.
Na sala de estabilização da Santa Casa, a menina continua recebendo medicação para que seu estado de saúde não se agrave ainda mais. Contudo, a instituição ressaltou que ela precisa ser encaminhada para uma UTI.
Entenda o caso: A menina E.R.F, de apenas 1 ano de idade foi internada na noite de quinta-feira (22) em estado grave na Santa Casa de Jaciara após ser agredida. Ela apresentava hemorragia na região abdominal, além de lesões graves no fígado e baço e por isso acabou transferida para Rondonópolis na sexta-feira (23). Desde então, permanece aguardando um leito de UTI.
A Polícia Civil prendeu a mãe da menina, Camila Carvalho Ragalzi, 21, e o padrasto Washington José Gomes da Silva, 22. Ambos são acusados pelas agressões foram indiciados pelo crime de tentativa de homicídio qualificado. Eles alegaram que a criança teria caído e provocado as lesões. Mas as equipes médicas acionaram a Polícia justamente por suspeitarem de espacamento. Em Rondonópolis, o delegado Claudinei Lopes, do plantão integrado da 1ª Delegacia de Polícia, requisitou exame de corpo de delito, recolheu os laudos médicos, e acionou os Conselhos Tutelares de Rondonópolis e Jaciara.
De acordo com a Polícia Civil, várias testemunhas foram ouvidas incluindo o pai biológico e o avô materno da criança. Uma testemunha informou que, no dia em que a vítima deu entrada no Hospital de Jaciara, Camila e Washington jantaram e saíram da casa do avô, com as crianças, por volta das 20h30, contrariando a versão do casal, que relatou à Polícia, que foram dormir por volta das 18 horas, quando teria ocorrido a suposta queda da criança.
O casal foi preso e enviado para presídios de Rondonópolis. Camila é mãe de 3 filhos, sendo outra menina que é irmã gêmea da criança que foi agredida e 1 menino de três anos. Com sua prisão, o Conselho Tutelar deverá ser responsável pelos encaminhamentos em relação às crianças. O Ministério Público e o Judiciário também deverão ser notificados sobre o caso.