Um estudo da universidade australiana Charles Sturt vem causando polêmica nas redes sociais. Os dados afirmam que mulheres que utilizam demais o Facebook são mais solitárias. Com a pesquisa, os estudiosos concluíram que, quanto mais informações elas publicam no site, mais sozinhas elas estão.
A pesquisa analisou 616 usuárias do sexo feminino na rede social. Destas, 308 foram categorizadas como “conectadas”, enquanto 308 foram vistas como “solitárias”, por meio de uma observação de seus próprios posts em seus murais e perfis. A partir destes dados, estudou-se o compartilhamento de informações realizado pelos dois grupos. O segundo grupo, se mostrou mais exposto e "desesperado".
De acordo com os pesquisadores, as mulheres solitárias são as que mais disponibilizam informações públicas na Internet, como histórico sobre seus relacionamentos, endereços e detalhes pessoais em geral, como gosto musical e de literatura no perfil.
Já os posts, que costumam não ser apenas para os amigos, mas para o mundo todo, fizeram os pesquisadores chegarem a conclusão de que o objetivo é encontrar, em algum lugar na rede social, alguém com os mesmo gostos ou que a admire.
Já o grupo das mais “conectadas”, cujo perfil pessoal inclui posts repletos de comentários de amigos e estranhos, apareceram com um maior número de interações no mural e menos informação exposta.
O estudo chamado "The Self-disclosure on Facebook among female users and its relationship to feelings of loneliness", ou algo como "A auto-revelação no Facebook dos usuários do sexo feminino e sua relação com a solidão", oferece visões de quão doloroso pode ser se expôr socialmente na rede.
Esta não é a primeira pesquisa que encontra ligação entre o uso do Facebook em excesso com uma insatisfação na “vida real”. Em 2013, a Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, teve um grupo de pesquisadores que identificou que, quanto mais tempo as pessoas passam na rede social, mas infelizes e solitárias elas se tornam. Esses pesquisadores, em suas conclusões, se atrevem a declarar que o Facebook prejudica o bem-estar das pessoas e os relacionamentos humanos naturais.
O estudo australiano completo está disponível em inglês no site Science Direct em formato PDF.
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Via CNET