Se até a seleção chilena duvida da convocação de Valdivia para a Copa do Mundo de 2014 por conta da condição física, o Palmeiras entendeu que é necessário ter alguém que supra a frequente ausência do meio-campista. E a relação de Alex com Gilson Kleina, que já não foi trunfo para contratá-lo no ano passado, agora é uma esperança para tirar o jogador do Coritiba.
O experiente camisa 10, destaque na conquista da Copa Libertadores de 1999 pelo clube, expôs insatisfação com a diretoria do Coritiba logo após a vitória sobre o São Paulo que manteve o time na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. E não poupou elogios ao técnico do Palmeiras, que foi seu padrinho de casamento.
"Minha carreira sempre seguiu junto a do Kleina, foi meu preparador desde menino. Trabalhei bastante com ele", comentou o armador, prometendo pensar melhor sobre a possibilidade de sair do Paraná durante as férias. Mas as declarações já foram suficientes para aumentar as esperanças palmeirenses.
No ano passado, em meio à luta contra o rebaixamento, o Palmeiras, então presidido por Arnaldo Tirone, contou com o apoio do recém-contratado Kleina para se aproveitar da decisão de Alex em voltar o Brasil. Rivalizou com Cruzeiro e Grêmio pelo meia e lhe fez uma proposta financeira superior à do Coritiba, mas o veterano quis voltar ao clube que chamava de casa.
Agora, a indisposição de Alex no Coritiba e uma crença de maior habilidade na negociação são as armas palmeirenses para aproveitar a empatia entre o jogador e Kleina, que trabalhou com o meio-campista nas categorias do clube paranaense. A esperança é de que as conversas evoluam para o acerto até dezembro.
Alex ainda não decidiu definitivamente sobre o futuro, embora tenha mais um ano de contrato com o Coritiba. No Twitter, avisou aos torcedores que, por enquanto, só saiu de 2013, mas a irritação com o presidente do clube paranaense, Vilson Ribeiro de Andrade, pode torná-lo um camisa 10 muito mais frequente para o Palmeiras no ano do centenário.