O garoto teve pernas e mãos amarradas e ainda recebeu um golpe de chuço (arma artesanal confeccionada com pedaço de metal) no tórax.
A rebelião dos três infratores ocorreu na noite de terça-feira (3), por volta das 18h30, após a vítima passar recolhendo os pratos do jantar, de cela em cela.
A situação ficou tensa porque os três começaram a gritar, exigindo que retornassem a ala de origem.
Com o chuço, eles tentavam ferir o garoto e ameaçavam matá-lo, caso não tivessem a exigência deles atendida.
Segundo agentes educativos de plantão, os três queriam que o diretor João Helvis reavaliasse a transferência deles da Ala 3 para a Ala 6m onde ficam os adolescentes acusados de estupro.
“A gente só queria voltar para a Ala 3. Só isso”, relatou um deles.
Após muita negociação e paciência no trato com os infratores, eles se renderam, entregando a arma artesanal.
Eles vão responder por ato infracional – equivalente ao flagrante - pelos crimes de motim, cárcere privado e lesão corporal.
A transferência ocorreu porque, horas antes, por volta das 13h30, os três foram o pátio para atividades esportivas e, nesse momento, alguém assobiou e o agente educacional que os levava viu que um pacote foi arremessado de fora para dentro do pátio.
Um dos garotos pegou o pacote e o escondeu, originando a transferência dos três.
“Os três nem chegaram a ficar no pátio mais. Foram diretos para a Ala 6”, explicou um dos agentes.