Para Alzira Saldanha, funcionária da unidade e membro do Conselho de Saúde, a suspenção dos trabalhos foi a saída encontrada para chamar a atenção do Governo do Estado quanto ao abandono de um espaço que é um “centro de referência em hemoterapia e hematologia”. Atualmente o MT Hemocentro tem cadastrados cerca de 900 pacientes com doenças hematológicas e que necessitam de seus serviços de saúde para sobreviver.
“Tudo é prioritário no Hemocentro. A unidade funciona como uma cadeia se um setor falha todo o sistema é prejudicado”, pondera Alzira. Ainda conforme ela, nenhum laboratório da unidade está funcionando. “Sorologia, imunoterapia, exames de diagnóstico e até mesmo transfusão de sangue estão suspensos por falta de insumos para a realização”, lamenta.
Em estado de emergência, os funcionários do MT Hemocentro estiveram na reunião ordinária do Conselho Estadual de Saúde para exigirem soluções para os problemas da unidade. Dentre os pedidos apresentados estava a aprovação de uma resolução que torne os processos licitatórios do MT Hemocentro prioritários.
O pedido foi aprovado pela maioria dos membros do conselho e a expectativa é que a unidade volte a receber o material necessário para o seu funcionamento. Porém, os trabalhadores exigem compromisso com os pagamentos das compras com os fornecedores. “Não adianta nada o governo licitar e não pagar os fornecedores, se continuarem assim, cada vez mais as empresas deixaram de participar e entregar o material”, alerta Alzira.
