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Sexta - 06 de Junho de 2014 às 10:12
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Apenas 15 meses depois de adquirir um terreno por R$ 35 mil, a Global Participações Empresariais, uma das empresas de Fernando Mendonça, ambos investigados no inquérito que deu origem à Operação Ararath, o vendeu a Gércio Marcelino Mendonça, o Junior Mendonça, apontado como o principal operador do suposto esquema, por R$ 500 mil, ou seja, com uma valorização de mais de 1400%.

A transação chamou atenção e deu origem às investigações de crimes contra o sistema financeiro elavagem de dinheiro que envolve políticos e empresários de Mato Grosso.

Apesar da escritura pública de compra e venda entre a Global e Junior Mendonça apontar o valor da negociação em R$ 500 mil, três meses antes de seu registro, foi assinado um contrato particular de promessa de compra e venda com a transação estabelecida em R$ 1 milhão e pagamento em 4 parcelas.

Em datas próximas ao vencimento das parcelas, exatamente o valor negociado, foi pago ao empresário Eder D’Agostin, que figurou como anuente da negociação de promessa de compra e venda e também é um dos investigados da Ararath, e à Global. Os valores foram repassados por meio de depositos bancários, tendo como emitentes a Comercial Amazônia de Petróleo, de Junior Mendonça.

Ao todo, foram repassados a D’Agostin e à Global R$ 950 mil, sendo que o contrato previa pagamento da primeira parcela, de R$ 50 mil, em dinheiro. A movimentação financeira indica o pagamento do montante de R$ 1 milhão estabelecido no pré-acordo, o que equivale ao dobro da quantia registrada em cartório.

Suposto comprador de um terreno cuja valorização atingiu a marca de R$ 965 mil em menos de 1,6 ano, Junior Mendonça era co-titular de uma conta corrente em nome de Fernando Mendonça, que lhe vendeu a propriedade. Ambos também mantinham relação de amizade, conforme constatado nos registros telefônicos.

Diante da série de documentos que foram apreendidos em uma das fases da Operação Ararath, na residência de Junior Mendonça, em novembro do ano passado, verificou-se que, juntamente com Fernando e D’Agostin, teria sido cometido o crime de lavagem de dinheiro por meio da sonegação sobre a venda do imóvel, bem como o devido recolhimento de tributos.





Fonte: A Gazeta

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