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Segunda - 09 de Junho de 2014 às 16:13
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Ao chegar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morado do Ouro na manhã desta segunda-feira (9), pacientes se depararam com um local vazio e aparentemente tranquilo, não havia filas. Isso porquê simplesmente não havia médicos para atendimento.

Uma atendente do local, que preferiu não se identificar disse que nos dias de segunda, quarta e sexta-feira a unidade não possui médicos plantonistas. “Estamos sem profissionais há algum tempo, durante a parte do dia. Só temos plantonistas a noite”.

Segundo ela, os pacientes que chegam na UPA estão sendo encaminhados para as Policlínicas do Verdão e do Coxipó. “Nem ambulância está vindo para cá. Todos sabem que estamos sem médicos. Casos urgentes são encaminhados para o Pronto Socorro e os menos complexos para as policlínicas. Caso o paciente possa esperar, o aconselhamos a retornar a noite, quando temos médicos atendendo”.

Inaugurada em junho do ano passado ao custo de R$ 4 milhões, a UPA Morado do Ouro prometia atender até 450 pacientes por dia e ser responsável pelo atendimento de média complexidade de 30 bairros em seu entorno, o que equivale a cerca de 250 mil habitantes. Meta que não é batida a muitos meses pela unidade.
A assistente administrativa Ana Paula Cardoso chegou à UPA juntamente com nossa reportagem e se disse espantada com a situação do local. “É a primeira vez que busco atendimento aqui. Mas sempre soube que a unidade sempre está lotada. Quando vi que aqui estava vazio, já imaginei que algo estava errado”.

Ana Paula está com fortes dores no estomago e foi aconselhada, assim como os demais pacientes que buscam por atendimento, a se encaminhar para uma policlínica.

José Ramalho Oliveira levou o filho Davi de 4 anos, que está com febre para consulta com o médico pediatra, mas teve que voltar para casa sem atendimento. “Deixei de trabalhar para trazer meu filho aqui e quando aqui me deparo com esse completo descaso. Até quando a população terá que passar por esse tipo de humilhação”, indagou o servente de pedreiro.

Outro lado: Até o fechamento dessa reportagem a assessoria da Secretaria de Saúde do Município não atendeu as nossas ligações.





Fonte: A Gazeta

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