Segundo a categoria, a unidade que conta com mais de 200 funcionários, está parcialmente impossibilitada de atender os pacientes, porque máquinas essenciais para a qualificação do sangue estão paradas por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e faltam insumos básicos para manuseio do sangue colhido.
Servidor do Hemocentro Otto Tem Caten explica que por enquanto não há indicativo de greve por parte da categoria. “É apenas um dia de paralisação. Esperamos assim chamar a atenção do Estado, que tem tratado o Hemocentro com completo descaso. Não visamos salários mais altos, apenas condições dignas de trabalho”, afirmou Caten.
Ele afirma que o ‘esquecimento’ do governador Silval Barbosa tem um único motivo. “O Estado já tentou uma Parceria Público Privada, depois tentou nos passar para uma Organização Social e agora tenta entregar o serviço aos empresários dos bancos privados de sangue. Ele (Silval) quer por tudo terceirizar o Hemocentro”.
Caten ainda disse que a questão do repasse para a unidade está muito mal explicada. “O dinheiro reservado para o Hemocentro de Mato Grosso funcionar durante um ano é de R$ 17 milhões. Até o mês de maio a própria Secretaria de Saúde do Estado (SES) alega ter recebido R$ 5 milhões. Porém, até o momento, apenas R$ 900 mil foram repassados para a unidade”.
O servidor diz que a categoria não quer se responsabilizar pela irresponsabilidade da SES. “Queremos saber para onde foram os mais de R$ 4 milhões que não chegaram para o Hemocentro. Estamos trabalhando de maneira sucateada e não queremos carregar nas costas a falta de responsabilidade do Estado”, ressaltou Otto.
Outro lado: Por meio de nota, a assessoria da SES informou que “A Secretaria de Estado de Saúde, com apoio do Ministério da Saúde e da Coordenação Nacional do Sangue, trabalha para resolver todos os problemas enfrentados pelo MT-Hemocentro”.
Quanto aos insumos a secretaria afirma que já foram comprados e grande parte já se encontra no órgão. Disse ainda que em breve um Termo de Ajustamento de Conduta será assinado entre o Estado e Vigilâncias para estabelecer prazos para obras e reformas na unidade.
Para que não haja descontinuidade no serviço, a SES providenciou a prestação do mesmo junto a Rede Filantrópica e particular do Estado.
