O fator crucial para que o democrata tivesse o apoio da maioria dos presidentes de partidos que compõe o grupo foi a tomada de posição do senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Pedro Taques (PDT).
O senador pedetista confirmou que quer Jayme disputando a majoritária pelo grupo oposicionista.
“Eu, como pré-candidato ao Governo, defendi aos partidos que estavam na reunião que o candidato ao Senado, depois das convenções, seja o Jayme Campos. Os partidos políticos entendem que o senador tem essa legitimidade, mas alguns querem discutir internamente”, afirmou Taques.
A “pedra no sapato" de Jayme é, novamente, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), que pediu para discutir a escolha do nome do democrata com o diretório do PSB.
Além disso, Mendes apresentou o nome da deputada estadual e vice-presidente do PSB, Luciane Bezerra, para compor a chapa de Jayme, ocupando a primeira suplência.
O Partido Verde também pediu para levar a questão para ser discutida internamente entre os membros do partido.
Jayme afirmou que as legendas que ainda relutam em aceitar seu nome tem liberdade para discutir a questão.
Mas, segundo ele, na reunião de ontem, 95% dos partidos escolheram seu nome e a decisão deve ser mantida.
“Nunca me coloquei como o único candidato do grupo, muito pelo contrário, sempre disse que gostaria que a candidatura de senador fosse discutida internamente entre os partidos que já estão, há algum tempo, nesse processo de escolha. Não tenho dúvida alguma de que serei candidato de forma consensual”, disse.
“Até porque, caso contrário, ficaria muito ruim. Você entrar em uma candidatura de forma torta, não é o ideal. Sempre participei de candidatura, mas de forma democrática, de forma que todos participem do projeto que está acima do interesse pessoal”, completou.
Com mais da metade das legendas da base de Taques apoiando o nome de Jayme, o martelo deve ser batido na próxima reunião do grupo, marcada para a segunda-feira (16).
Questão Serys
Com a escolha de Jayme Campos para a disputa ao Senado, o PDT esbarra na questão da ex-senadora Serys Slhessarenko.
Isso porque, conforme adiantou o MidiaNews, a ex-petista quer disputar a única vaga no Senado pelo grupo de Taques e chegou a afirmar que, caso isso não ocorresse, o PTB poderia buscar um “novo rumo”.
No início de abril, o PTB chegou a lançar a pré-candidatura ao Governo do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot.
No entanto, por acreditar em maior êxito na disputa eleitoral, a legenda tentava viabilizar a candidatura de Serys ao Senado.
O pré-candidato pedetista ressaltou que a ex-senadora tem legitimidade em querer disputar o cargo, mas completou dizendo que a escolha já está feita.
“Nós queremos expressar o nosso respeito pela Serys. Todos os partidos políticos chegaram a conclusão, inclusive o senador Jayme Campos, que a Serys tem legitimidade para buscar a senatória. No entanto, em razão da composição política, chegamos a conclusão que o ideal seria Jayme, defendi isso e a responsabilidade é minha”, afirmou Taques.
Já o presidente regional do PTB e ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, negou a afirmação de que o partido estava impondo compor a majoritária da oposição.
“Nem o Jayme colocou imposição, nem nós. Estávamos lutando para que a candidatura dela fosse realidade, mas pelo consenso da maioria dos partidos, Jayme venceu. Então, vou ligar para ela, vou conversar com ela, discutir e ver os rumos que vamos tomar”, disse.