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Terça - 10 de Junho de 2014 às 21:15
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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O senador Pedro Taques (PDT) deve assinar nesta semana o pedido de demissão, feito na sexta-feira (06), por Ariane Victor de Matos Mendonça, uma das filhas do empresário Fernando Mendonça, investigado pela Polícia Federal, na Operação Ararath.


De acordo com a assessoria do senador, Ariane irá se desligar do quadro de funcionários do parlamentar por conta da exposição de seu nome em fatos ligados à operação.

Ariane exercia a função de administradora do site institucional, das páginas nas redes sociais e da divulgação das atividades de mandato do senador desde o dia 28 de março de 2011, em Brasília.

Seu pai, um dos pivôs da Ararath, foi o maior doador da campanha ao Senado de Pedro Taques, em 2010.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a empresa Vale Formoso Distribuição Ltda. (razão social do Atacado Mendonça) doou R$ 229,5 mil ao então candidato a senador.

Esse montante foi depositado entre 1º de setembro e 28 de outubro de 2010, em seis transferências feitas para a conta de campanha do líder pedetista.

O valor corresponde a pouco mais de 20% dos cerca de R$ 1,120 milhão que Taques declarou ter recebido em doações na campanha.

A ligação de Mendonça com Taques é estreita – além de financiador de campanha e peça importante na sua vitória, ele é amigo do senador.

Até a deflagração da Operação Ararath, Mendonça também comandava o PDT em Várzea Grande.

No final do ano passado, ele se afastou da presidência da executiva, bem como da articulação política do partido.

Global Participações e Ararath

Em um dos trechos do inquérito da Operação Ararath, a Polícia Federal cita as investigações que fez sobre a empresa Global Participações Empresariais Ltda., que tem Mendonça como sócio.

A empresa é suspeita de ter sido usada para lavagem de dinheiro.

As investigações revelam que o empresário Wesley Mendonça Batista, dono do JBS-Friboi, uma das maiores empresas do mundo de processamento de proteína animal, constou como administrador e procurador da Global desde sua fundação até 1 de dezembro de 2008.

Relatório da Polícia Federal afirma que a Global foi criada em 9 de março de 2006, tendo como sócios as empresas Elany Trading LLC e a Avel Group LLC, sediadas nos Estados Unidos, e Raquel Souza Ferreira Rodrigues de Mendonça. As duas empresas estão situadas em Nevada (520 S. 7th Street, Suite C).

A Polícia Federal afirma que, junto à Receita Federal no Brasil, não há registro de sócios – sendo que o procurador das empresas foi identificado com o CPF.: 000.000.001-91, geralmente dado aos contribuintes sem cadastro de pessoa física.

Fernando entrou como sócio na Global, segundo a PF, em 17 de outubro de 2007 (mesma data da saída da Elany Tranding LCC).

Já Ariane começou a fazer parte da empresa em 1 de janeiro de 2008, ela tinha 1% de participação na empresa.

Em recente entrevista ao site Olhar Direito, o empresário afirmou que abriu uma empresa nos Estados Unidos para fazer “blindagem” em seu patrimônio. No entanto, ele negou que tomou a iniciativa para lavar dinheiro.





Fonte: Midia News

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