A delegada Liliane Barros já iniciou as oitivas com as testemunhas e as vítimas passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). O caso também é acompanhado pelo promotor da Infância e Juventude, José Antônio Borges, responsável pelas situações que envolvem menores. Ele relata que o Lar da Criança passa por mudanças no quadro efetivo e as crianças teriam sido orientadas pelos antigos funcionários a fazer as falsas denúncias. Ainda assim frisa que acompanhará a investigação.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) afirma que também vai apurar a situação. Esta é a segunda denúncia grave registrada no ano contra a instituição. Em abril, a morte do menino Jean Carlos de Oliveira Amorim, 9, levou o delegado da Dedica, Eduardo Botelho, a investigar a circunstância do óbito. Ele pediu exumação do corpo ao IML na semana passada e aguarda a realização do procedimento.
No atestado de óbito constam 5 motivos para a morte do menino. “Com a exumação pretendo esclarecer o que provocou a morte, ou pelo menos eliminar algumas possibilidades”. A criança era neuropata e foi levada pelos funcionários do Lar ao Pronto-Socorro de Cuiabá já sem sinais vitais. Porém, afirmaram que o menino havia sido socorrido com vida e ido a óbito horas depois de dar entrada na unidade saúde.
A contradição ganhou destaque com a exposição do prontuário de atendimento do PS no Facebook.“Sabemos que a criança tinha um histórico de saúde complicado, mas precisamos desvendar o que aconteceu no dia da morte e o porquê da contradição sobre o atendimento. Infelizmente, este não é um caso isolado contra o abrigo”.