Palco de quatros jogos da Copa do Mundo Fifa 2014, a Arena Arena Pantanal ainda não tem um modelo de concessão definido para depois do evento.
O estádio de Cuiabá, no entanto, já está no centro de uma discussão sobre a criação de uma agenda para o segundo semestre.
A previsão é de que a arena receberá, no próximo mês de julho um jogo da Série C do Campeonato Brasileiro, e até outubro pode ter até cinco partidas da primeira divisão.
O primeiro jogo previsto pós-Copa é Cuiabá x Paysandu, válido pela Série C, agendado para o dia 20 de julho, às 16h (horário de Mato Grosso).
Os ingressos mais baratos para a partida devem custar R$ 20 ou R$ 30, e haverá um esquema especial de divulgação para tentar aproveitar o interesse criado pelas pessoas que foram ao estádio ver jogos da Copa do Mundo.
Antes, o estádio ainda receberá dois jogos pelo Mundial da Fifa: no sábado (21), Nigéria x Bósnia; na terça-feira (24), Japão x Colômbia.
Até outubro, a Arena Pantanal seguirá sendo administrado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), que, em seguida, deve providenciar a a licitação do complexo.
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Antes de definir concessão, Arena Pantanal negocia agenda pós-Copa
GUILHERME COSTA, DO UOL EM CUIABÁ (MT)
Sede de quatro jogos da Copa do Mundo de 2014, a Arena Pantanal, em Cuiabá, ainda não tem modelo de concessão definido para depois do evento. Ainda assim, o estádio já está no centro de uma discussão sobre a criação de uma agenda para o segundo semestre. O aparato receberá ainda em julho um jogo da Série C do Campeonato Brasileiro, e até outubro pode ter até cinco partidas da primeira divisão.
O primeiro jogo da Arena Pantanal pós-Copa será Cuiabá x Paysandu, válido pela Série C, agendado para o dia 20 de julho, às 17h (horário de Brasília). Os ingressos mais baratos para a partida devem custar R$ 20 ou R$ 30, e haverá um esquema especial de divulgação para tentar aproveitar o interesse criado pelas pessoas que foram ao estádio ver jogos da Copa do Mundo.
O Cuiabá já disputou uma partida na Arena Pantanal, contra o Internacional, em duelo válido pela Copa do Brasil. O jogo teve 16.363 pagantes, com renda bruta de R$ 900 mil. O time do Mato Grosso ficou com a receita líquida, que ficou na casa de R$ 350 mil.
"A gente conseguiu muito torcedor novo depois desse jogo. Cuiabá fez uma apresentação, e isso despertou o interesse de muita gente que nunca tinha visto o time jogar", relatou Cristiano Dresch, vice-presidente da equipe do Mato Grosso.
A despeito de estar na Série C do Campeonato Brasileiro, o time da capital está interessado em usar a Arena Pantanal depois da Copa. Desde que o governo monte um modelo de concessão que inclua subsídio do evento. Esse é o cerne do debate sobre o que acontecerá com o futuro do estádio.
Até outubro, o equipamento seguirá sendo administrado pela Secopa-MT. Esse período servirá para a secretaria estruturar e realizar a licitação para o aparato. A construção da Arena Pantanal custou R$ 628 milhões e foi inteiramente bancada com recursos públicos.
"O estádio corre um sério risco de virar um elefante branco. Principalmente se o governo não ajudar os clubes", avaliou Dresch. "Eu acho que o governo é incompetente para tocar aquilo ali e vai ter de privatizar", completou.
A ideia da Secopa é que a Arena Pantanal receba até cinco jogos de Série A até o fim de outubro. Cuiabá não tem uma partida de primeira divisão do Campeonato Brasileiro desde 1995, e o pacote de datas está sendo negociado com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Além disso, empresários abordam diretamente os times que poderiam levar jogos para Cuiabá. O sonho da cidade é fazer pelo menos uma partida com Corinthians e Flamengo. "Eu ofereço aos clubes um valor mínimo, mais porcentagem na bilheteria, ou então um pacote fechado. A maioria prefere a segunda opção", explicou o empresário Mário Zeferino, que já fez dois dos quatro jogos da Arena Pantanal até aqui.
As primeiras partidas do estádio foram consideradas testes para a Copa. Portanto, o governo subsidiou a operação. Depois da competição e até a realização da licitação sobre o estádio, o mais provável é que se crie um regime especial de parceria entre a Secopa, os empresários interessados no aparato e as equipes.