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Sexta - 20 de Junho de 2014 às 15:50
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Neste mês de junho, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro completa um ano de funcionamento. O problema é que a unidade acabou não desempenhando o papel que inicialmente foi proposto pela Prefeitura de Cuiabá.

Em funcionamento desde o dia 19 de junho de 2013, o projeto da UPA da Morada do Ouro que custou R$ 4 milhões aos cofres públicos, visava atender cerca de 450 pacientes de média complexidade por dia. Nessa soma estão pacientes de 30 bairros do entorno da unidade. Oito médicos plantonistas deveriam se responsabilizar pelo atendimento à população, além de outros 200 profissionais da área médica e parte administrativa.

O problema é que desde sua inauguração a UPA enfrenta problemas com relação ao quadro de médicos. Na manhã desta sexta-feira (20), por exemplo, um atendente da unidade que não quis se identificar informou que apenas 2 médicos estavam realizando o atendimento, sendo um da especialidade Clínica Geral e um da Pediatria. Estes, só estavam recebendo casos de urgência, classificado como “amarelo” ou “vermelho”, quando a pessoa corre risco de morte.

Um dos objetivos da implantação da Unidade de Pronto Atendimento é desafogar o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), realizando o pré-atendimento e encaminhando para lá apenas os casos mais graves. O que pode-se observar, que não tem acontecido.

Segundo o atendente, os pacientes que chegam na UPA estão sendo encaminhados para as Policlínicas do Verdão e do Coxipó. “Nem ambulância está vindo para cá. Todos sabem que estamos sem médicos. Casos urgentes são encaminhados para o Pronto Socorro e os menos complexos para as policlínicas. Caso o paciente possa esperar, o aconselhamos a retornar a noite, quando temos médicos atendendo”.

A estudante Carla Freitas, 24, procurou a unidade para uma consulta para a filha de 2anos, e não conseguiu atendimento. “Ela está com febre desde ontem. Vim para a UPA porque é a unidade mais próxima da minha casa, mas como sempre está sem médico”. Indignada a estudante diz que a UPA deveria ser fechada. “Esse lugar só pode estar com as portas abertas para tirar dinheiro do povo, nunca funcionou como era para funcionar. Se não tem médico, que feche de uma vez”, disse exaltada.

Outro lado: De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 4 médicos deveriam estar atendendo a população nesta sexta-feira (20), porém, por causa do feriado, a pasta não conseguiu profissionais para fechar o quadro.

Ainda segundo a assessoria os casos classificados como azul e verde, podem ser atendidos em Postos de Saúde da Família ou Policlínicas, uma vez que a UPA tem como atendimento prioritário os casos de urgência e emergência.





Fonte: A Gazeta

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