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Sábado - 21 de Junho de 2014 às 08:45
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Lenine Martins / Secom
Éder é tido como operador do esquema investiga- do na Ararath.
Éder é tido como operador do esquema investiga- do na Ararath.

Preso por duas vezes em apenas um mês, o ex-secretário de Mato Grosso Éder Moraes (PMDB) busca na Justiça reverter a decisão que o mantém no Complexo da Papuda, no Distrito Federal, sob acusação de crimes financeiros, lavagem de dinheiro e fraudes. Ele é investigado na Operação Ararath da Polícia Federal, que completa um mês nesta sexta-feira (20), que foi deflagrada, e dos três mandados de prisão, apenas Moraes continua preso.

Ao menos três recursos já foram protocolados na Justiça pelos advogados do ex-secretário na tentativa de conseguir sua soltura. Porém, a defesa do acusado se recusa a fornecer detalhes sobre o caso e apenas reforça que seu cliente será solto. Somente depois, segundo os advogados, Éder deverá se pronunciar sobre a investigação. Ele teve dois mandados de prisão decretados, sendo pela Justiça Federal de Mato Grosso e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e conseguiu revogar um deles por apenas 48 horas.

Conforme denúncia do Ministério Público Federal, Éder Moraes é considerado intermediador de um esquema de lavagem de dinheiro de cerca de R$ 500 milhões por meio de um 'banco clandestino'. No dia 29 de maio, Moraes conseguiu a soltura, deixou o presídio e foi para um hotel de luxo, em Brasília. O ministro Dias Toffoli, do STF, foi quem revogou a prisão preventiva que ele mesmo havia decretado.

Lá, ele permaneceu até a madrugada de domingo (1º), quando foi preso novamente por conta da prisão expedida pela 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso.

Operação Ararath (Foto: G1.com.br)

Solto por engano
Os dois mandados de prisão contra Éder, tanto do STF quanto do TRF da 1ª região, foram cumpridos no mesmo dia. No entanto, a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal não foi revogada e, por isso, o ex-secretário continua preso. Em tese, ele não deveria nem ter saído da prisão, já que a outra decisão continuava em vigor.

O MPF apontou que esquema teria envolvimento de empresários, servidores e autoridades ligados aos três poderes no estado. Além dos procuradores do estado,a investigação conta com uma força-tarefa designada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Dois procuradores são de Minas Gerais e um do Rio Grande do Norte.

O processo sobre o esquema tem como delator 'premiado' o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior. O governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR) foram citados na ação. Foram decretadas as prisões do deputado José Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa; do superintendente do Bic Banco, Luis Carlos Cuzziol, alémd e Éder, considerado o intermediador do esquema para alimentar um 'sistema' para a troca de apoio político e financiamento de campanhas eleitorais. Os dois primeiros foram soltos a menos de uma semana após a prisão.

O governador Silval Barbosa (PMDB) foi citado na investigação e declarou que negou qualquer envolvimento nos crimes. Ele disse que em nenhum momento autorizou o ex-secretário de Fazenda a agir em nome dele nas negociações para a obtenção de empréstimos junto ao empresário Júnior Mendonça, dono de duas empresas que, de acordo com a denúncia, funcionava como um sistema financeiro paralelo ao estado.





Fonte: Do G1

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