Policiais civis prenderam cinco suspeitos de aplicar golpe em empresas da Capital. O esquema, segundo a Polícia, era comandado por presidiários através de telefones celulares.
A assessoria da Polícia Civil informou que foram presos, acusados de participar da suposta ação, Waldemar Souza Brasil, 56, Lucas Eduardo Moreira de Aquino, 19, Juliana Maiara da Cruz, 23, Henrique Luiz da Silva, 25 e Joilson Pereira Pinto, 24. A prisão ocorreu na madrugada desta quinta-feira (19).
A Polícia identificou como sendo dois presidiários, acusados de tráfico de drogas e homicídio, que estavam comandando o suposto esquema. De acordo com as investigações, o dinheiro adquirido com o golpe seria utilizado em um acerto de contas dentro do presídio.
Os policiais recuperaram um caminhão com produtos comprados pelos falsários que estavam prestes a repassar as mercadorias já entregue pelas empresas.
Segundo policiais da Delegacia de Defesa do Consumidor, eles são suspeitos de aplicar o golpe na empresa Oxigênio Cuiabá, no valor de R$ 26 mil, em maquinários de construção. No golpe, os criminosos entravam em contato com a empresa da vítima e faziam uma grande compra de mercadorias em nome de uma empresa com cadastro no sistema.
Segundo a delegada Ana Cristina Feldner, o proprietário da empresa usada no golpe só iria descobrir o prejuízo 35 dias depois, após o vencimento da duplicata.
Na terça-feira (17), os golpistas, se passando por funcionários de uma empresa cadastrada, fizeram uma compra, na Oxigênio Cuiabá, no valor de R$ 11 mil. No dia seguinte, outra compra foi feita em nome da mesma empresa, no valor de R$ 15 mil.
Pelo esquema, cada um tinha uma função dentro do organograma criminoso. Waldemar seria responsável pelo serviço de “frete” dos produtos. Ele buscava a mercadoria e depois sublocava outros serviços de frete para despistar a ação da Polícia.
“A mercadoria era trocada de caminhão três vezes antes de chegar ao seu destino final, sempre com um integrante da quadrilha acompanhando o trajeto do produto”, explicou a delegada.
A acusada Juliana é casada com um dos presidiários mandante do crime e ficou responsável pelo pagamento da sublocação dos fretes e por arrumar o veículo que fez o acompanhamento do maquinário.
As mercadorias seriam recebidas pelos acusados Lucas, Henrique e Joilson, em uma chácara, na região do Novo Terceiro, em Cuiabá.
A desarticulação do esquema ocorreu com a prisão dos suspeitos no momento em que os produtos estavam sendo entregues na chácara, já na madrugada desta quinta-feira. O caminhão de mercadoria e os acusados foram levados à Delegacia do Consumidor onde a delegada confeccionou o flagrante.