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Quinta - 26 de Junho de 2014 às 09:20
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Pedido de vista do ministro Luiz Fux adia a votação sobre pedido de liberdade de Eder
Pedido de vista do ministro Luiz Fux adia a votação sobre pedido de liberdade de Eder

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento de agravo regimental que poderia decidir se o ex-secretário de Fazenda, Éder Moraes, continuaria ou não no Complexo da Papuda, em Brasília (DF), onde está preso desde o dia 20 de maio.


Éder Moraes é acusado de ser um dos principais articuladores de um esquema de lavagem de dinheiro, corrupção e crimes contra o sistema financeiro, investigado pela Polícia Federal, na Operação Ararath.

O julgamento foi iniciado na manhã desta quarta-feira (25). O ministro relator do inquérito, Dias Toffoli, votou por negar o agravo e manter sua própria decisão, que determinou a soltura de Éder Moraes, no final de maio.

Já os ministros Marco Aurélio de Mello - que preside a Turma - e Rosa Weber optaram por deferir o agravo, o que manteria o ex-secretário preso.

No entanto, o pedido de vistas do ministro Luiz Fux adiou o processo.

“Na sequência e, após o voto do senhor ministro Dias Toffoli, relator, que negava provimento ao agravo regimental; e dos votos dos senhores ministros Marco Aurélio e Rosa Weber, que o proviam; pediu vista do processo o Senhor Ministro Luiz Fux. Ausente, justificadamente, o senhor ministro Roberto Barroso”, diz trecho da decisão.

O ex-secretário Eder Moraes: ainda na Papuda
Mesmo não comparecendo à sessão, o ministro Roberto Barroso, que também integra a Turma, terá direito a votar sobre o agravo.

Como o Supremo entrará de recesso por 30 dias a partir de julho, o caso só voltará em julgamento no mês de agosto.

Ainda na decisão, a Turma rejeitou, preliminarmente, a proposta formulada pelo ministro Marco Aurélio, presidente, no sentido do desmembramento do inquérito.

A proposta foi posta em mesa pois há acusados no inquérito que possuem prerrogativa de foro, como o senador Blairo Maggi (PR) e o deputado estadual José Geraldo Riva (PSD).

Também são investigados no inquérito o conselheiro do Tribunal de Contas do estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo de Almeida; o conselheiro afastado Humberto Bosaipo, o promotor de Justiça Marcos Regenold, o desembargador afastado Evandro Stábile, o governador Silval Barbosa (PMDB) e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB)

Prisão de Éder

Apesar de Toffoli ter determinado a soltura no final de maio, Éder Moraes continuou na Papuda, devido a um outro mandado de prisão expedido pela 5ª Vara Federal de Cuiabá.

O juiz titular da vara, Jefferson Schneider, negou pedido da defesa do ex-secretário, feita pelos advogados Paulo e Fábio Lessa e José Eduardo Alckmin, para revogar a prisão.

A defesa também teve negado outro recurso que visava à soltura de Éder Moraes, desta vez pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Os advogados entraram com o agravo no STF, sob a alegação de que a decisão do Supremo se sobrepõe às decisões da Justiça Federal.

Outro lado
A redação tentou contato com os advogados que representam Éder Moraes no caso. Até a edição desta reportagem, nenhum deles retornou as ligações.




Fonte: Midia News

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