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Segunda - 30 de Junho de 2014 às 19:32
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde o dia 20 de maio, o ex-secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes Dias, teve mais um habeas corpus negado neste final de semana. A decisão foi proferida pela desembargadora federal Marilza Maynard, substituta no Superior Tribunal de Justiça (STJ), na última sexta-feira (27), 2 dias após os advogados terem impetrado o recurso na quarta-feira (25). A informação foi confirmada pelo advogado Fábio Lessa que defende Eder em Mato Grosso.

De acordo com ele, o HC foi impetrado pelo advogado José Eduardo Alckimin, que atua em Brasília, em parceria com a defesa de Eder em Cuiabá feita por Fábio e seu pai, Paulo Lessa. Agora, a defesa vai aguardar o julgamento do mérito de outro habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), cujo pedido de liminar foi negado. Ele chegou a ganhar liberdade no dia 29 de maio, mas foi novamente no dia 2 de junho, antes mesmo de deixar Brasília rumo a Cuiabá.

Éder é apontado pelo inquérito da Operação Ararath investigada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) como o grande operador do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, envolvendo grandes nomes da política mato-grossense e o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior, dono das empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia Petróleo Mendonça. As investigações apontam que cerca de R$ 500 milhões foram movimentados ilegalmente, por meio de uma espécie de banco clandestino, pois a empresa não tinha autorização do Banco Central para realizar tais operações.

Moraes já acumula pelo menos 3 derrotas na tentativa de revogar os 2 mandados de prisão preventiva, sendo uma na Justiça Federal de Mato Grosso, quando o juiz federal Jeferson Schnneider, outra no TRF1 proferida pelo desembargador Mário César Ribeiro e agora mais uma no Superior Tribunal de Justiça. A defesa também aguarda o julgamento de agravo regimental no Supremo Tribunal Federal (STF). O recuso começou a ser julgado na semana passada, mas um pedido de vista feito pelo ministro Luiz Fux adiou o término da votação para depois do recesso da Corte, o que só ocorrerá no começo de agosto.

Eder é tido como o maior operador de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, sendo que, conforme o investigado até o momento, era ele quem conseguia a liberação de empréstimos, sem as exigências burocráticas de praxe junto o empresário Junior Mendonça. Os empréstimos tinham como destino algumas empresas que, por sua vez, repassavam os valores a políticos do Estado. Ele está preso no Complexo da Papuda em Brasília desde 2 de junho.





Fonte: A Gazeta

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