O deputado estadual José Riva (PSD) afirmou que não teme perder a imunidade parlamentar, com o encerramento do seu mandato, no final deste ano.
O parlamentar abandonou a possibilidade de tentar uma reeleição quase certa e se arriscará em uma disputa pelo Governo do Estado, em outubro.
Apesar de ter vários processos em andamento e ter sido preso pela Polícia Federal na Operação Ararath, o deputado se diz tranquilo com a sua situação.
“Eu sou uma pessoa muito determinada. Tenho que temer só a Deus. Eu não roubei, não matei, não desviei dinheiro. Portanto, não tenho que ter medo”, afirmou, em entrevista coletiva após a convenção do PSD, na noite de segunda-feira (30), no Centro de Eventos do Pantanal.
"Eu sou uma pessoa muito determinada. Tenho que temer só a Deus. Eu não roubei, não matei, não desviei dinheiro. Portanto, não tenho que ter medo"
“Sou candidato a governador porque acredito que é o único espaço para fazer as transformações que eu gostaria de fazer neste Estado. Como deputado estadua,l não tenho condições de fazer as mudanças que eu gostaria de fazer. E eu já tinha decidido que não seria mais deputado estadual”, disse.
Riva afirmou, ainda, que está seguro quanto à sua situação jurídica e que isso não será impeditivo para que registre a candidatura a governador.
Ele disse que possui diversos pareceres que confirmam sua elegibilidade e a permissão para registrar sua candidatura.
“Eu acredito e respeito as instituições. Fiz uma consulta a vários juristas, que disseram que meu nome está elegível e acredito neles. Até porque existem pessoas em situação semelhante à minha que estão registrando a candidatura”, disse.
Sem oposição, nem situação
Contra Riva devem concorrer o ex-vereador Lúdio Cabral (PT), representando a base governista, e o senador Pedro Taques (PDT), representando a oposição.
O líder do PSD negou que seu projeto eleitoral seja uma “terceira via”, e afirmou também que sua candidatura não é de situação, nem de oposição.
“Não temos uma candidatura contra o Governo, nem a favor do Governo. Meu nome representa os anseios da base. Chega desse negócio de oposição e situação. O cidadão quer votar no candidato que tenha boas propostas, boas ideias. A base não quer saber de que lado você está, mas o que você pode fazer por este Estado”, afirmou.
“Então não sou candidato nem da situação, nem da oposição. E não diria nem que sou terceira via; sou um candidato com ideias e propostas. Se todos os partidos resolverem lançar candidato, quem será oposição ou situação?”, observou.
Questionado sobre como enfrentaria o discurso de renovação de Pedro Taques, ele aproveitou para alfinetar o adversário.
“Vai renovar o quê? Do jeito que eu vi a chapa dele, não acredito que aquilo lá seja renovação, com todo o respeito. Eu acredito que o povo quer um governador competente, que faça”, disse.
Últimas negociações
A chapa de Riva tem também o ex-presidente da Famato, Rui Prado (PSD), como candidato a senador.
Porém, o candidato admite negociar essa vaga para atrair mais partidos aliados.
Continuam vagas as suplências de Senado e o cargo de candidato a vice-governador.
Riva já tem o apoio do SD, PT do B, PTC, PRTB, PEN, PTN e PPL.
O presidente do SD, deputado estadual Adalto de Freitas, reivindicou a vaga de candidato a vice-governador para o sindicalista Manoel da Força (SD). Porém, ainda não foi definido se o pleito dele será atendido.
“O nome do Manoel é um nome que a classe trabalhadora está defendendo. Mas temos outros nomes que estão sendo defendidos, como empresários de Cuiabá, pessoas do agronegócio, e de outros partidos que querem vir conosco”, disse Riva.