Parte das indústrias frigoríficas aumentou a sua demanda por fêmeas na linha de abate, informa boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgado na segunda (30).
Dados do boletim apontam que o percentual de fêmeas no abate total do estado subiu 6,5 pontos percentuais, passando de 45,78% de janeiro a maio de 2013 para 52,26% no mesmo período em 2014. Nos municípios do Noroeste do estado, o abate de fêmeas chega a 61,36% do total de animais neste ano.
Com isso, os preços da vaca gorda em Mato Grosso apresentaram crescimento de 0,59%, maior que os do boi gordo na semana atual, que cresceu apenas 0,05%.
A arroba da fêmea passou de R$ 102,95/@ para R$ 103,56/@ na última semana, enquanto a do boi gordo saiu de R$ 111,82/@ para R$ 111,87/@ no mesmo período.
De acordo com o Imea, a maior demanda por fêmeas pode ser explicada, em partes, pela falta de boi terminado para a indústria mato-grossense.
O presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso, Invaldo Weis, afirma que, nesse período de entressafra, os produtores costumam fazer o descarte de fêmeas primeiro, pois uma novilha que alcança de 13@ a 14@ já pode ser abatida. Um boi gordo normalmente vai para o abate com um peso entre 15@ e 16@. “Por falta de boi terminado, os frigoríficos pagam um pouco a mais pela arroba da fêmea nessa época do ano”, explicou.
Na opinião do presidente, essa maior demanda não deve comprometer o tamanho do rebanho do estado, já que o preço do bezerro se mantém valorizado no mercado, entre R$ 130/@ a R$ 140/@, o que não estimula o descarte excessivo de fêmeas.