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Quarta - 09 de Julho de 2014 às 10:28
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Luiz Gonzaga Neto/TVCA
Funcionários paralisam atividades no COT em Cuiabá
Funcionários paralisam atividades no COT em Cuiabá

Operários das obras do Centro Oficial de Treinamento (COT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, e da Barra do Pari, em Várzea Grande, região metropolitana da capital, entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (9). De acordo com José Antônio Jacinto, encarregado de carpintaria do COT da UFMT, a empresa reduziu o percentual pago por produção dos trabalhadores e ainda atrasou o pagamento de salário referente ao mês passado e, por isso, houve a paralisação.

O G1 tentou entrar em contato com a Engeglobal, empresa responsável pela obra, porém até o fechamento desta reportagem o representante não atendeu as ligações.

O encarregado da obra informou que pelo menos 40 operários aderiram à paraliação e se encontram reunidos na UFMT para protestar. "Já tentamos contato com a empresa, mas eles não falam com a gente, não conversam”, afirmou. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (Sintraicccm), os operários alegam que a empresa encarregada pela obra não estaria cumprindo os acordos trabalhistas.

“Chegou um engenheiro da empresa e fixou um cartaz dizendo que a empresa não pagaria extras e nem a produção. Com isso, tem operário que vai ter redução de 80% no salário. Como vamos viver com isso?”, reclamou José Jacinto.

Conforme o sindicato, os trabalhadores protestam contra a decisão do consórcio responsável pela obra de deixar de pagar o percentual pela produção a partir do salário de agosto, repassando apenas o piso salarial. Essa redução implicaria na redução salarial, no caso dos carpiteiros, de R$ 2.300,00, incluindo o percentual pago pela produção, para R$ 1.108,00.

Outra denúncia dos operários é em relação ao recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que não estaria sendo depositado. Conforme o sindicato, a categoria também denunciou casos de desvio de função e descontos indevidos no holerite. “Assinamos o nosso holerite na segunda-feira [7] e até agora o salário não caiu na conta”, afirma o encarregado da obra.

Em março deste ano, cerca de 190 funcionários da COT da UFMT haviam paralisado as atividades para reivindicar o pagamento de salários atrasados e melhores condições de trabalho. Além de atraso no salário, os operários reclamavam das condições precárias de trabalho, como falta de água, banheiros entupidos, alimentação inadequada, horas extras não contabilizadas e ponto batido por terceiros. No final do mês de fevereiro, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá denunciou as más condições de trabalho nas obras do COT da UFMT aos órgãos trabalhistas.

À época, o presidente da empresa Engeglobal, Robério Garcia, admitiu que o canteiro de obras precisava de adequação, já que o número de funcionários havia aumentado nos últimos meses. Quanto aos outros itens reclamados pelos trabalhadores, ele negou a existência e garantiu que iria checar, principalmente a questão do ponto.

Mais de 200 operários do COT da Barra do Pari também paralisaram as atividades no início de maio deste ano, para reivindicar contra a redução salarial e corte nas horas de produção, até mesmo denunciam casos de desvio de função de trabalho. Nessa época, a empresa responsável pela obra pediu o prazo de três dias para regularizar a situação.





Fonte: Do G1

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