O trecho de cerca de dez quilômetros de extensão da BR-070 onde está localizada a Serra do Mangaval já registrou um total de sete mortes de janeiro até agora. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que foram três vítimas no primeiro semestre. Outras quatro pessoas morreram no último domingo (6) na trágica colisão envolvendo um bi-trem e outros onze veículos.
A ‘Serra do Mangaval’ possui um trecho total de três quilômetros, sendo que no sentido crescente (quem se desloca para região de Cáceres) ela possui duas pistas no trecho de dois quilômetros, mas sem acostamento. No sentido inverso, a pista é simples, e com acostamento em cerca de um quilômetro apenas.
Para quem trabalha cuidando das rodovias, o principal alerta a ser feito é quanto a falta de cumprimento na sinalização. “Nesse trecho existe sinalização indicando que o limite é de 40km/h”, explica um policial rodoviário lotado no posto da PRF a cerca de 45 km da Serra. Para ele, o respeito poderia evitar muitas das colisões registradas ali.
No último domingo, quatro pessoas morreram e outras 16, que aguardavam a liberação da pista em decorrência de um tombamento foram atropeladas por uma carreta bi-trem, que descia a serra em alta velocidade. “Ele buzinava, tentava alertar as pessoas para que saíssem dali, o que nos leva a constatação de que estava com problemas mecânicos, mas a confirmação depende mesmo é do laudo pericial”.
O motorista em questão, identificado como Kleidimar Evangelista, depois de se chocar o bitrem carregado com madeira contra 11 carros, morreu preso às ferragens do caminhão que explodiu. Como teve o corpo carbonizado, a liberação para familiares somente poderá ser feita mediante confronto de arcada dentária. Além dos 16 feridos. A PRF ainda não divulgou o número de mortos ao longo de toda a extensão da BR-070.
