Com cerca de 50 mil alunos, a rede municipal de ensino enfrenta um desafio: a implantação do período integral nas escolas de Ensino Fundamental de Cuiabá. Das 92 unidades, 80 aderiram ao modelo integral proposto pelo programa Mais Educação, do Ministério da Educação. O projeto, instituído em 2007, surgiu com o objetivo de ampliar a jornada escolar para a organização curricular e fortalecer o processo de aprendizagem. Além das aulas regulares, os alunos participam de atividades complementares, como acompanhamento pedagógico, educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos em educação, cultura e artes, cultura digital e promoção da saúde.
O secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, no entanto, acredita que o programa não significa, de fato, que as escolas sejam de período integral. Na Capital, por exemplo, os estudantes do período matutino voltam à tarde para participar das atividades, permanecendo na unidade por apenas três horas – como acontece nas creches, por exemplo, que a criança chega de manhã e sai apenas no fim do dia quando os pais vão buscá-la.
A maior dificuldade para a implantação do período integral nas instituições do município é a falta de infraestrutura. “O que precisamos para ter escolas integrais? Dobrar o número de unidades”, afirma. O secretário observa que, como os alunos voltam para a escola para a realização das atividades complementares, o espaço fica comprometido, já que há outras turmas no período vespertino. “Hoje as atividades são praticadas em espaços alternativos, como quadra de esportes e sala multifuncional, mas não significa que o aluno fica o dia inteiro na escola”, pontua.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) é responsável pela Educação Infantil (0 a 3 anos e 11 meses), Pré-escola (4 a 5 anos) e Ensino Fundamental (6 a 14 anos). Ao todo são 3.065 professores, entre efetivos e contratados. O orçamento previsto para o ano que vem é de R$ 368 milhões para a Educação.