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Quinta - 21 de Julho de 2016 às 19:23
Por: Rafael Costa - Folha Max

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O ex-procurador e advogado paulista Roberto Tardelli se desligou oficialmente da defesa do ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi. ”A decisão foi tomada nesta quinta-feira e eticamente não poderia ficar detalhando publicamente. Foi uma questão contratual”, revelou Tardelli ao FOLHAMAX.

Tardelli negou que seu desligamento esteja motivado a algum termo de colaboração premiada que Marcel de Cursi esteja disposto a firmar com a Justiça. “Isso não tem nada a ver. Foi uma questão meramente contratual”, reforçou.

Enquanto atuou em Mato Grosso, Tardelli foi um duro crítico da "Operação Sodoma" classificando-a de um “cadáver jurídico” e que a ação penal estaria sendo conduzida “por duas promotoras de Justiça”, numa alusão ao que considera falta de imparcialidade da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, e da promotora Ana Cristina Bardusco. Marcel está preso desde o dia 15 de setembro do ano passado na primeira fase da "Operação Sodoma".

Neste 325 dias no Centro de Custódia, esta é a segunda vez que Marcel troca de defensor. O primeiro advogado a atuar foi Hélio Nyshiama, que foi substituído por Tardelli.

Marcel é acusado pelo Ministério Público Estadual de ser o "mentor intelectual" do grupo do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que também está preso. O ex-secretário é acusado de ter usado familiares para dar legalidade as propinas supostamente recebidas de empresários.

Antes de tornar-se advogado, Roberto Tardelli atuou no Ministério Público de São Paulo e foi o procurador de Justiça que atuou no júri popular que julgou Suzane Richtofen que matou os próprios pais em 2002 e foi condenada a 39 anos de prisão em regime fechado no ano de 2006.

Ainda não há informação de qual advogado irá assessorar juridicamente o ex-secretário Marcel de Cursi nas ações penais em que figura como réu em decorrência das operações Sodoma e Seven, deflagradas pela Polícia Civil e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), respectivamente. O ex-secretário é fiscal concursado na Sefaz com salário de cerca de R$ 18 mil por mês.





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