O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) voltou a criticar a possibilidade dos tucanos indicarem o candidato a vice-prefeito de Cuiabá nas eleições deste ano, em uma chapa encabeçada pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), que deve ir à reeleição.
Para Wilson, o PSDB é grande o bastante para não ir a reboque de outra candidatura. Entre os exemplos, ele citou o fato da sigla possuir entre seus filiados o governador do Estado, Pedro Taques, e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf.
“O PSDB é o partido que mais prestou serviços a Cuiabá. Todos os parques ambientais de Cuiabá, Tia Nair, Mãe Bonifácia, Massairo Okamura, foram construídos pelo PSDB. Das 70 equipes do programa Saúde da Família, 65 foram feitas por prefeitos do PSDB. Das grandes avenidas de Cuiabá, várias tem o dedo do PSDB”, afirmou.
Nosso partido vai se arrepender e muito se confirmar essa tese de ao invés de lançar candidatura própria ir a reboque, ir à garupa, nas eleições.
“Então, o nosso partido tem serviço prestado e tem quadros como Roberto França, Dorileo Leal, Guilherme Maluf, Ussiel Tavares, Maurélio Ribeiro. Nosso partido vai se arrepender e muito se confirmar essa tese de, ao invés de lançar candidatura própria, ir a reboque, ir a garupa nas eleições. Vai quebrar a cara”, disse.
O parlamentar defendeu que ainda há tempo para a sigla definir um nome para a disputa. O período de convenção partidária começou na última quarta-feira (20) e se encerra em 5 de agosto. Esse é o intervalo em que os partidos anunciam suas coligações, candidatos a prefeito e vereador.
“Não vou participar de discussões de vice. Não fui chamado para essa festa, não participo. Estou fora disso, porque acho que o partido tinha que ter candidatura própria. O PSDB tem que ter candidatura própria e ainda há tempo. Estou avisando faz dias. O PSDB vai se arrepender dessa decisão”, afirmou.
Trampolim
Por fim, Wilson Santos aconselhou Mendes a não usar a Prefeitura como trampolim para uma possível candidatura em 2018, caso seja reeleito.
O tucano usou desse expediente em 2010 e amargou o terceiro lugar na disputa pelo Governo do Estado.
“O meu grande erro político foi ter deixado a Prefeitura de Cuiabá. Em 2004 fui eleito com 53% dos votos e fui reeleito com 61%. A população aprovou a minha gestão e me deu 8% a mais na segunda eleição. E eu acabei deixando a Prefeitura, foi meu grande erro”, disse.
“E espero que o prefeito Mauro, caso venha a se reeleger, possa refletir sobre esse equívoco que cometi. Dizem que o inteligente aprende com os próprios erros e o sábio aprende com o erro dos outros. Então, se o Mauro for reeleito, espero que não repita o erro que cometi”, completou.