Um novo modelo de qualificação profissional será implantado em Mato Grosso. Durante dois dias, uma equipe técnica composta por servidores do Núcleo de Ações Voluntárias (NAV) e da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) visitaram a sede do Fundo Social de Solidariedade, em São Paulo.
No local funciona a Escola de Qualificação, que promove capacitação profissional nas áreas de moda, beleza, construção civil e panificação. A escola é referência em todo o país e já qualificou mais de 146 mil pessoas desde 2003, ano de criação. A fila de espera para os cursos alcançou 19 mil pessoas.
Durante visita no ano passado, a primeira-dama do Estado e coordenadora do NAV, Samira Martins, foi recebida pela presidente do Fundo, primeira-dama de São Paulo, Lu Alckmin. Com a apresentação do modelo, Samira enxergou na iniciativa a inspiração para um sonho que já tinha, que era o de promover cursos de qualificação rápidos e que gerassem emprego e renda efetivamente.
"Muitos cursos oferecidos atualmente são muito longos ou então não proporcionam geração de renda imediata. O que percebi nos cursos de São Paulo, em especial o de Moda, é que existe uma grande pesquisa do que é tendência de mercado e isso é repassado para os alunos. Assim, eles vão produzir peças que serão vendáveis com tecidos e materiais viáveis", explica Samira.
Em um primeiro momento, a Escola de Qualificação de Mato Grosso desenvolverá os cursos da Escola de Moda e Panificação. A Escola de Moda está dividida em aulas de Corte e Costura, Bordado em Linha, Bordado em Pedraria, Crochê e Modelagem. Cada uma das capacitações possui carga horária total de 80h/aula. Já o curso de Panificação é de apenas um dia, com carga horária total de 8h. O aluno já sai de lá sabendo fazer 10 receitas de pães e derivados.
A execução do projeto em Mato Grosso será feita pela Setas, que já possui o conhecimento para a implantação da iniciativa. O superintendente de Qualificação Profissional da Setas, Eder Azevedo, avaliou positivamente a visita, que ofereceu uma visão mais ampliada de como funcionará o projeto. “Agora retornamos a Mato Grosso para alinhar os instrumentos, ferramentas técnicas e de gestão e as metodologias para a implantação deste modelo. O próximo passo é a adequação para a realidade de nosso Estado”, pontuou.
"A falta de alternativas torna a educação altamente discriminatória. Exclui ou prejudica os que não têm condições ou não têm acesso às instituições e carreiras mais privilegiadas. A nossa intenção, com esse projeto, é propiciar às pessoas que não tiveram muitas oportunidades, uma nova qualificação, que não demanda muitos recursos para empreender e consequentemente vai aumentar a renda familiar. Além de inserir um novo grupo social na rede produtiva", disse o secretário de Trabalho e Assistência Social, Valdiney de Arruda.
