Com pouco investimento e retorno garantido, o plantio de pinha, ata ou fruta do conde tem atraído muitos produtores de Mato Grosso. A planta é cultivada em várias regiões do país. Mas no estado, a produção não é muito significativa, em torno de 40 toneladas por safra.
Em Boa Vista, Distrito de Rondonópolis, o produtor Demilson Rodrigues mantém 400 plantas há cerca de cinco anos. Ele conta que começou a produção por acaso. “Desde o tempo da minha mãe que plantava pra consumo próprio. Ai foi aumentando. O pessoal foi procurando e a gente passou a ganhar uma renda a mais e produzimos mais”.
O produtor acrescenta que a cultura não exige tanto de adubos e químicos. Com três anos a árvore já começa a dar frutos. Cada uma pode produzir 150 quilos por safra. Geralmente entre os meses de janeiro e março.
Já o produtor Enedino de Mota resolveu conciliar a atividade com a criação de gado. São 650 pés de pinha em um hectare e meio. A venda da fruta reforça o caixa da família. “ Dá para pagar as continhas de começo de ano. É uma fonte de renda, uma fonte de renda boa”, comemora.
Ele calcula que gastou pouco menos de R$ 2 mil de custo de produção. Ele mesmo cuida e colhe os frutos, que rendem de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês durante a safra. Uma caixa com 50 quilos é vendida por R$ 100 ou R$10 reais a dúzia.