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Ciência e Pesquisa
Quinta - 20 de Março de 2014 às 10:03
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Richard Siemens
Professor e cientista Graham Pearson com mostra do diamante encontrado em Juína, Mato Grosso
Professor e cientista Graham Pearson com mostra do diamante encontrado em Juína, Mato Grosso
Diamantes recolhidos em Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá) foram a chave que cientistas canadenses da Universidade de Alberta precisavam para indicar a presença de um vasto reservatório de água, provavelmente do mar, de 400 a 700 km abaixo da superfície terrestre. 

A teoria foi publicada nas revistas científicas Science (americana) e Nature (britânica). O caso também foi divulgado em agências internacionais, como The Guardian e Reuters, e nacionais, como o G1, e o jornal Estado de S. Paulo, o Estadão. 

Diferente do material comumente visto e comercializado, o diamante mato-grossense viria de uma parte da terra chamada “manto inferior”, é marrom, sem valor de venda e tem aspecto “sujo”. 

A pedra, no entanto, segundo os cientistas, tem uma quantidade significante de água, cerca de 1,5% de seu peso, o que comprovaria a teoria. 

Ao MidiaNews por e-mail, o cientista Graham Pearson, que liderou a pesquisa publicada na Nature, informou que a pedra foi obtida pelo professor Mark Hutchison da empresa canadense Trigon Geo Services Ltda., que esteve em Juína há seis anos. 

Reprodução

Infográfico apresenta onde diamante estava localizado

“O diamante foi comprado em 2008 pelo doutor Hutchison e, atualmente, estamos tentado analisar isótopos de oxigênio e hidrogênio com o objetivo de descobrir exatamente de onde a água veio”, 

No Estadão, o cientista informou que a área em que foi encontrado o diamante pode ter “tanta água quanto todos os oceanos juntos”, explicou. 

Questionado se há possibilidade de outros materiais do mesmo padrão do diamante estudado ser encontrado, Pearson informou que os diamantes tem sido escavados a todo momento em Juína. 

“Ser capaz de identificar as inclusões minerais interessantes requer equipamento altamente especializado, disponível apenas em laboratórios de pesquisa”, completou. 

Juína

Segundo o site G1, diamantes profundos, como são chamados os que vêm do manto inferior, já eram conhecidos. Em Juína há registros desde 1991. 

As pedras analisadas no atual estudo, no entanto, são as primeiras desse tipo a apresentar composição química típica da crosta oceânica.

Nick Wigginton, que fez parte da equipe de editores da Science, destacou que a descoberta mostra a amplitude do ciclo de carbono, que é essencial à vida. “Resultados como esse oferecem uma perspectiva mais ampla da Terra como um sistema dinâmico e integrado”, concluiu.

Confira reportagem completa do G1 AQUI e da Reuters AQUI.




Fonte: Midia News

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